Notícias | 7 de agosto de 2017 | Fonte: G1

Velódromo recebe abraço simbólico, e autoridades divergem sobre seguro

frame-00-09-34.752Autarquia responsável pela arena do ciclismo de pista não sabe se instalação tem seguro após incêndio no teto. Prefeito Marcello Crivella diz que houve “um lapso”. Pista foi limpa e está coberta
Para comemorar um ano do início da Olimpíada do Rio, o Parque Olímpico foi aberto para uma série de atividades neste sábado. Na Arena Carioca 1, autoridades discursaram e defenderam o legado dos Jogos. Na Arena 3, crianças praticaram atividades físicas. Só não era possível entrar no velódromo, fechado desde o incêndio que atingiu o teto no último fim de semana. Do lado de fora, ciclistas e voluntários da Olimpíada se uniram para um abraço simbólico à instalação. Já Prefeitura e Ministério do Esporte seguem divergindo quanto à existência do seguro.

Após falhar na busca por uma empresa que assumisse a gestão das Arenas Cariocas 1 e 2, do velódromo e do Centro de Tênis, a Prefeitura passou a concessão das instalações para o Ministério do Esporte. Por sua vez, a pasta criou em março deste ano a Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), com a missão de promover o legado das instalações e repassa-las para a iniciativa privada. Com o incêndio, a falta de harmonia entre os dois poderes ficou ainda mais exposta.

– As arenas administradas pelo município têm seguro. Nas administradas pelo Ministério do Esporte, nesse caso, houve um lapso. Mas já está sendo corrigido – disse o prefeito do Rio, Marcelo Crivella.

Presidente da AGLO, Paulo Márcio Mello ainda não sabe quem vai bancar a obra de reparo do teto. Também é preciso confirmar se há ou não seguro. Ele alega que a autarquia assumiu as arenas depois do contrato de cessão da Prefeitura para o Ministério do Esporte.
– Não temos definido como isso vai ocorrer. Se há um seguro vamos acionar. Isso está em fase de avaliação com o Ministério do Esporte e a Prefeitura para ver se vamos contratar através de uma licitação emergencial agora para fechar temporariamente ou depois, definitivamente. Não sabemos se há seguro porque a AGLO foi criada em março de 2017, e portanto não participamos desse contrato de cessão existente entre Ministério do Esporte e Prefeitura. Essa discussão não pode ser confirmada pela AGLO – disse Mello.

Sobre o estado da pista, o ministro do Esporte Leonardo Picciani confirmou o resultado da perícia da Polícia Civil, que encontrou a armação do balão que teria causado o incêndio no teto.
– A pista já teve a sua primeira manutenção. Importante dizer que a pista não foi queimada. A sujeira era decorrente da água e da fuligem. O incêndio só atingiu o teto, não atingiu a parte elétrica ou o ar-condicionado. A pista foi limpa pela Comlurb seguindo a orientação do arquiteto-projetista e já está coberta e protegida do contato com a água e o sol. Nos próximos dias a AGLO fará a contratação emergencial da cobertura para que ele possa ser reaberto – disse.

Diretor de pista da Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro, Rodrigo Babo lamenta que o acidente tenha interrompido os treinos e escolinhas que acontecem três vezes por semana. Por conta dessa atividade ele não aceita que o velódromo seja chamado de “elefante branco” pela mídia.
– Estamos utilizando o velódromo desde maio interruptamente por muitos atletas. Esse acidente vai atrasar um pouco a continuidade do nosso treinamento. É um centro esportivo de excelência. Único do Brasil e da América Latina. Para o nosso próximo ciclo olímpico ter sucesso é preciso treinar desde agora – disse Babo.

O velódromo foi aberto em maio com o campeonato estadual, e em outubro está previsto o campeonato brasileiro de elite. A primeira competição internacional programada até agora é o Pan-americano de masters de 2020.

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