“A grande verdade é que essa batalha não será vencida pelos corretores que querem acabar como segmento de proteção veicular. Hoje devem existir mais de 500 mil pessoas associadas em todo o país. Algumas instituições são sérias, outras não, mas como em qualquer mercado. As associações e cooperativas conseguem fazer na prática o sonhado microsseguro de automóvel. Agora o que se discute é a forma de regulamentar a atividade”. Essa é a posição do estudante de economia Leandro Soares, que mora em Goiânia.
Com 36 anos e proprietário de dois veículos cadastrados em uma das maiores associações de proteção veicular de Goiás, Leandro quer elaborar tese acadêmica em defesa dos seguros piratas. “O interesse por esse mercado veio a se desenvolver quando percebi que podia contribuir para melhorar sua imagem, criando informativos e parcerias com pessoas e empresas de diversos segmentos, a fim de aumentar sua popularização”, explica o universitário, argumentando que “as denúncias feitas aos órgãos tais como Sincor’s e Susep foram de pequenos grupos de corretores que começaram a perder clientes para uma nova modalidade de proteção”.
Na opinião de Leandro, existe uma concorrência que traz ciúmes e desconforto para corretores e seguradores. “Tenho um padrinho de casamento que é corretor e na renovação de um dos meus carros, em 2007, o prêmio aumentou mais de 30%. Pedi orientação antes de entrar na associação e ele me disse que era seguro pirata, pois não teria garantia alguma e que não teria a quem recorrer em caso de sinistro. Fiquei sem palavras e com medo. Mas eu tenho a seguinte análise: antes de falar e tomar uma decisão, preciso buscar informações. Sendo assim, decidi optar pela associação e estou até hoje participando do grupo”, prossegue Leandro.
Ele lembra que já que já teve um sinistro em 2008 e seu carro foi reparado em tempo e condições satisfatórias. “Deram-me inclusive até carro reserva. Fiquei surpreso”. Além disso, Leandro costuma indicar as empresas de proteção veicular para familiares e amigos. “Meu pai e minha irmã, bem como tios, primos e um vizinho, todos participam da associação. E por que indico? Por diversas razões: a organização do grupo, o comprometimento para melhorar a cada dia o projeto, a facilidade para solucionar as questões, pois você fala com quem resolve, senta com o presidente e discute as melhores alternativas, de acordo com o regulamento, é claro”.