Notícias | 14 de maio de 2024 | Fonte: CQCS | Adriane Sacramento

Unimed-Rio fixa em 30% deságio aplicado em comissões de corretores: pendências e outras questões são debatidas em reunião do Sincor-RJ

Na última terça-feira, dia 7 de maio, corretores sócios e não sócios participaram de uma reunião com o Sincor-RJ, realizada para identificar pendências junto a Unimed-Rio e solucionar os problemas relatados pelos profissionais desde a transferência de carteira dos clientes para Unimed Ferj. De acordo com o presidente do sindicato, Ricardo Garrido, foram debatidos questões como o deságio de 30% em comissões fixado pela cooperativa e próximos passos.

Mediante autorização da ANS, a Unimed Ferj assumiu em março a parte de atendimento ao consumidor, se tornando uma operadora, enquanto a Unimed-Rio passou a negociar toda parte de passivo de pagamento de hospitais, clínicas, corretores de seguros, entre outros. O comunicado da transferência do atendimento foi divulgado pela agência no final do mês e reforçou que não haveria qualquer prejuízo à assistência dos beneficiários. Dias depois, corretores começaram a relatar dúvidas quanto ao pagamento de comissões, conforme divulgado pelo CQCS.

Segundo Garrido, a Unimed-Rio conquistou na justiça uma cautelar que barrou qualquer ação judicial por 60 dias, de 8 de março até 8 de maio, última quarta-feira. O presidente do Sincor-RJ explicou que esse prazo era o mesmo que a cooperativa tinha para firmar acordos com os credores, através da FGV e da KPMG, escolhidas para fazer as mediações.

O acordo homologado pela Unimed-Rio no dia 08/05 prevê deságio de 30% e prazo de pagamento conforme tabela montada pela cooperativa, segundo o dirigente. Por exemplo, quem tinha até R$ 10 mil para receber, a proposta foi de 30% de desafio e 12 meses para pagar; para quem tinha até R$ 30 mil, parcelamento em 18 meses; até R$ 40 mil, parcelamento em 24 meses; e assim por diante, seguindo uma tabela uma tabela de até 42 meses de prazo máximo para quem tinha aproximadamente R$ 5 milhões ou mais para receber. Segundo Garrido, alguns profissionais já receberam a primeira parcela.

“A Unimed construiu esse acordo na justiça. O acordo foi construído, inclusive, para valer desde que tivesse 50% mais um de adesão, ou seja, a maioria absoluta. A partir do momento que tivesse a maioria absoluta, os que não aceitaram eram obrigados a acatar”, explicou Garrido. A aceitação da proposta parece ter sido um movimento feito pela maioria dos profissionais. “Lógico que depois é permissível a ação na justiça, mas os corretores entenderam que a ação na justiça tem custo advocatício e tem custo judicial”.

De acordo com o presidente do Sincor-RJ, foi possível entender que, a partir da identificação de que corretores já tinham começado a receber as parcelas mediante o acordo homologado na Justiça, entendeu-se que esse era o melhor caminho para resolver as pendências junto a Unimed-Rio. Agora, o sindicato atua em uma outra questão futura envolvendo a Unimed Ferj: a comissão vitalícia que os profissionais recebiam e a gestão da carteira.

“Já temos uma [reunião] agora marcada na próxima semana, mas só com a diretoria do sindicato, e depois vamos chamar a Ferj uma reunião com os corretores, os mesmos que estiveram conosco”, disse Garrido.

O dirigente destacou que avanços estão sendo feitos no que diz respeito à defesa do corretor, com a própria Unimed reduzindo o percentual de deságio para 30% e montando a tabela. Para ele, o entendimento é de que esse assunto se resolveu. “Vamos partir para o próximo, que é o futuro junto a Ferj”, finalizou.

No dia 2 de maio, o Sincor-RJ realizou uma reunião com a Unimed Ferj. Um outro encontro foi realizado no dia 6, desta vez com mediadores da Unimed-Rio. A próxima reunião com os corretores e a Ferj ainda não tem data.

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