Em um cenário onde quase um terço das empresas brasileiras ainda não dispõe de ambulatórios médicos físicos, cresce a pressão por soluções que ampliem o acesso à saúde dos trabalhadores. Frente a esse desafio, a tecnologia surge como aliada estratégica para reduzir custos, aumentar a eficiência dos planos de saúde e melhorar a qualidade de vida nas organizações.
Segundo relatório publicado em janeiro pelo McKinsey Health Institute, o investimento na saúde dos colaboradores pode gerar até US$ 11,7 trilhões em valor econômico global. No Brasil, esse movimento tem ganhado força com a implementação de modelos phygitais – que integram atendimento presencial e digital –, como o desenvolvido pela Alper Seguros, uma das maiores corretoras de seguros do país.
Por meio do Espaço de Saúde Dr. Alper, lançado inicialmente em 2020, a companhia vem oferecendo a empresas um consultório digital que combina triagem presencial feita por um profissional de enfermagem com atendimento médico por telemedicina. A proposta é aumentar o acesso, evitar deslocamentos desnecessários e garantir diagnósticos mais precisos com base em dados clínicos estruturados.
“Estamos diante de uma verdadeira revolução na forma como a saúde corporativa é pensada. A combinação entre cuidado humanizado e tecnologia tem potencial para reduzir em até 20% o absenteísmo e otimizar os investimentos em saúde”, explica Paula Gallo, diretora de Gestão de Riscos e Saúde da Alper.
De acordo com a empresa, o modelo já permite às organizações observar resultados expressivos, como redução de até 30% nas idas aos prontos-socorros, melhora de 40% na gestão de doenças crônicas e um aumento de 50% no engajamento com a telemedicina. A taxa de resolução clínica supera 90% e a aprovação entre usuários, medida pelo NPS (Net Promoter Score), pode chegar a 100%.
Mais do que um consultório digital, o Espaço de Saúde Dr. Alper é descrito pela companhia como um ecossistema integrado de cuidado coordenado. Para as empresas, representa não só economia, mas uma nova abordagem para promover saúde no ambiente de trabalho. “A tecnologia não substitui o cuidado humano, mas o potencializa, criando um novo paradigma de assistência médica que coloca as pessoas no centro da transformação”, afirma Paula.
O modelo também oferece ganhos em produtividade, redução de custos assistenciais e maior engajamento dos times. “Estamos investindo continuamente em soluções que integram inovação tecnológica e proximidade com o colaborador. Isso tem impacto direto na performance das empresas”, conclui.
Para especialistas, iniciativas como essa sinalizam um futuro em que o acesso à saúde será cada vez mais personalizado, digital e acessível — e em que o cuidado com o colaborador deixará de ser um custo e passará a ser visto, de fato, como investimento estratégico.