Notícias | 13 de agosto de 2003 | Fonte: Gazeta Mercantil

Susep prevê venda de R$ 29,6 bilhões

Técnicos da Superintendência de Seguros Privados (Susep) voltaram a refazer, para cima, a projeção de crescimento do mercado de seguros este ano. Agora, a perspectiva é de que o faturamento anual alcance R$ 29,622 bilhões, expansão de 24,5% perante 2002, em vez de R$ 28,5 bilhões, o que teria significado um salto de 19,8%. O último estudo da Susep mantém crescimento do setor em 2004, fixando-o em R$ 32,9 bilhões, 11,1% sobre 2003.
A informação consta do boletim de agosto da Susep e aponta o desempenho do Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) como a principal razão de um novo avanço de arrecadação. “Poderemos ter de rever outras vezes a projeção de resultado do mercado, porque o VGBL continua a surpreender positivamente”, disse o analista do Departamento Econômico da Susep, André Silva Oliveira.
Entre julho e agosto, a projeção de receita cresceu 4,7%, puxada pelas vendas do VGBL. Sem sua participação, o ritmo de crescimento do mercado de seguros, lembra o técnico, seria mais estável, passando de 12,1%, de julho, para os atuais 12,7%. No início do ano, a estimativa da Susep apontava crescimento de 10,7%.
Em virtude do bom desempenho do VGBL, a carteira de Vida deverá encerrar este ano em primeiro do ranking do mercado. Ao todo, os seguros de vida terão uma receita de R$ 10,8 bilhões, dos quais R$ 5,6 bilhões via venda de VGBL. Segundo a Susep, este desempenho vai garantir uma participação de mercado de 37% aos seguros de Vida.
O estudo destaca que o ramo Vida vem embalado desde o início do ano, dado o bom desempenho do VGBL, responsável por 49% das vendas da carteira no primeiro semestre. No período de janeiro a junho, por exemplo, a receita de Vida cresceu 70%, mas teria apresentado um decréscimo de 2,5%, se expurgada a receita do VGBL. Hoje, assinala o boletim da Susep, existem 19 empresas comercialização do produto. Mas sua venda está altamente concentrada, com três grupos respondendo por 87% do total, o que significa dizer que seu desempenho está “fortemente atrelado à política comercial adotada por um pequeno número de seguradoras”, assinala Oliveira.
No cenário indicado pela Susep, a apólice de automóvel responderá por 30% da receita projetada no ano, com R$ 8,8 bilhões. Para a Susep, apesar do avanço nominal de 6,7% de janeiro a junho, o ramo de automóvel dá indicação de estabilidade. Se considerada uma inflação acumulada no período dos últimos 12 meses, de 16,5% pelo IPCA, a carteira terá apresentado decréscimo real de 8,4%.
Já as demais apólices, ainda segundo as projeções da Susep, terão um market share muito mais modesto, com o teto de 10%. A carteira de Incêndio projeta receita de R$ 2,6 bilhões.
(Finanças & Mercados/Página B2)(Vagner Ricardo)

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