Ganhou considerável força, nesta quarta-feira, a proposta elaborada pelo presidente do Clube de Vida em Grupo do Rio de Janeiro (CVG-RJ), Lucio Marques, visando à regulamentação do agenciador ou angariador de seguros. Isso porque, durante evento em sua homenagem, organizado pelo clube, o novo superintendente da Susep, Luciano Portal Santanna, demonstrou interesse pela proposta. “Iremos encaminhar essa proposição para a área técnica da Susep. Estamos sempre abertos a sugestões que tenham como objetivo aperfeiçoar a legislação e, principalmente, reduzir custos”, comentou Santanna.
Antes de ouvir essa promessa do superintendente da Susep, Lúcio Marques explicara que, até a década de 80, o mercado utilizava bastante os chamados “angariadores de seguros”, cuja missão era oxigenar as apólices. “Eles não existem mais porque começaram a pedir vínculo empregatício”, reforça.
Na avaliação dele, o cenário atual exige a atividade regulamentada do agenciador, de forma a alavancar os resultados dos seguros de pessoas, sobretudo para as pequenas e médias seguradoras que precisam fortalecer o canal de distribuição. “Esse é um canal que pode ajudar muito também na distribuição do microsseguros”, observou Lúcio Marques, acrescentando que não vê riscos para o corretor de seguros, pois a ideia não é “tirar nada da categoria”, nem negócios, muito menos a comissão de corretagem.
Além de prometer analisar a sugestão feita pelo CVG-RJ, o novo superintendente da Susep voltou a afirmar que a prioridade total da autarquia é combater a comercialização do “mercado marginal”, caracterizado pelas cooperativas e associações de classe que vendem a chamada proteção veicular. “essa é uma das mais graves irregularidades do mercado. Daremos prioridade a esse assunto”, assegurou Luciano Portal Santanna.