Notícias | 18 de março de 2009 | Fonte: Globo.com/G1

Seu carro foi afetado pela enchente? Saiba o que fazer

Seguros dão cobertura total ou parcial em caso de inundação do carro.
Começou a chover forte, o trânsito parou, o temporal engrossou e, de repente, a água começa a entrar dentro do carro. E agora? Muita gente viveu este drama com a forte chuva que caiu na tarde desta terça-feira (17) em São Paulo e no Grande ABC, ou que inundou vários bairros de Belo Horizonte na segunda-feira (16). Carro e enchente é uma combinação perigosa para a segurança e para o bolso.

Muita gente, na esperança de salvar o automóvel do alagamento, acaba colocando a própria vida em risco. Por isso é importante seguir algumas dicas e, acima de tudo, ter muito cuidado – e fazer o seguro do carro. Confira abaixo cinco dicas fundamentais:

Antes de tudo, faça o seguro do carro

Desde 2004, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que fiscaliza as operações de seguro, determinou que todos os planos básicos – com cobertura contra colisão, incêndio e roubo – se responsabilizem também por submersão total ou parcial do veículo em água doce, inclusive se ele estiver guardado no subsolo. “Quando a água fica abaixo do painel, às vezes é passível de recuperação, mas quando o motor é afetado, se aproxima de uma perda total, quando o prejuízo supera 75% do valor segurado”, explica Marcelo Sebastião, diretor do produto auto da Porto Seguro. Ter o carro assegurado garante que uma enchente não seja um grande prejuízo para o proprietário do automóvel.

Na hora da chuva

Dirigir na chuva exige atenção redobrada do motorista. As recomendações básicas, independente de uma chuva fina ou uma pancada, são diminuir a velocidade, acender o farol, ligar o limpador de pára-brisa, o desembaçador e manter a distância de pelo menos dois carros em relação ao automóvel à sua frente.

O carro inundou. E agora?

Em caso de alagamento do automóvel, o segurado deve comunicar imediatamente seu corretor de seguros ou a Central 24 horas de atendimento da empresa, solicitando um guincho para levar o veículo a um local seguro. De acordo com a Porto Seguro, o segurado poderá levar o veículo à oficina de sua preferência, mas não deve autorizar o conserto antes da liberação da seguradora. A liberação será feita por um técnico da empresa, que avaliará se o veículo pode ser recuperado ou se houve perda total.

Perda total do veículo

Se os danos superaram 70% o valor do veículo, é considerada perda total. A indenização é igual à de uma batida normal de um automóvel.
No entanto, o motorista só será indenizado após minuciosa avaliação da seguradora, que deve comprovar que não houve uma agravamento de risco desnecessário, como atravessar uma rua alagada por sua conta e risco.

Quando dá para recuperar o carroPara quem não tem seguro ou o sinistro não foi de perda total, não é o fim. “Todos os carros podem ser recuperados. Tudo depende do que aconteceu”, explica Murilo Alves, coordenador técnico de mecânica do Senai. Os danos podem variar desde prejuízos ao motor, parte elétrica, funilaria ou estofamento e acabamento. “Se o dano for só o motor, o conserto vai de R$ 2 mil a R$ 3 mil”, garante Alves. Isso num modelo popular. O reparo de um motor Audi não sai por menos de R$ 8 mil.

Agora, se a manutenção envolver todas as partes do carro, prepare o bolso. A chuva resultará num prejuízo de R$ 8 mil a R$ 10 mil em veículos pequenos. Nesses casos, o trabalho engloba a parte mecânica, elétrica, funilaria e limpeza e o carro poderá ficar até dois meses na oficina.

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