A Brasilprev Seguros e Previdência anunciou na semana passada que sua arrecadação total avançou 55% nos primeiros 11 meses de 2010, para R$ 8,4 bilhões, contra R$ 5,4 bilhões em 2009. No período, a arrecadação nas modalidades Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) cresceram 58,7%, enquanto a média do setor foi de 19,3%.
O PGBL permaneceu na liderança em arrecadação, com 27,4% de market share, e o VGBL registrou a maior taxa de crescimento em arrecadação, com avanço de 73%, na comparação com ganho do setor de 20,2%, com elevação de 6,3 ponto percentual em participação no mercado, alcançando a vice-liderança, com fatia de 20,7%.
“A Brasilprev matém constante o seu forte crescimento na indústria brasileira de previdência privada aberta e, devido aos bons resultados e a fidelização da carteira dos clientes, se mantém na liderança em captação líquida, com 31% de participação no mercado. Os bons resultados, assim como a manutenção da liderança desde 2008 reforçam nossa preocupação com crescimento sustentável’, disse o presidente da empresa, Sérgio Rosa.
Entrevista concedida à repórter Carina Salviano Urbanin.
IN: Nos 11 primeiros meses deste ano, a arrecadação da Brasilprev disparou 55%, como vocês avaliam este resultado?
Sérgio Rosa: É um crescimento que tem a ver com o avanço da economia brasileira, da renda das pessoas e também com a qualidade dos produtos da Brasilprev. Ou seja, há um crescimento de toda a indústria de previdência complementar mas a Brasilprev se destaca, cresceu acima da média do mercado. Acho que esse crescimento então tem a ver com conjuntura, mas também com a alta da qualidade dos nossos produtos e adequação à clientela do Banco do Brasil e outros da Brasilprev.
IN: E esse resultado veio acima do esperado pela empresa?
Sérgio Rosa: Vem mais ou menos em linha com o que a gente esperava, levemente acima. Reflete fundamentos que a gente tem visto na economia como um todo e o crescimento contínuo que a Brasilprev tem mostrado nos últimos anos.
IN: Qual a diferença entre PGBL e VGBL?
Sérgio Rosa: A principal diferença e mais importante para o cliente é a possibilidade no PGBL de você deduzir na renda tributada a parcela que você aplica no fundo de previdência. É um produto muito destinado às pessoas que fazem uma declaração completa, tem uma renda tributada. No VGBL não se tem esse benefício fiscal imediato. O benefício fiscal virá depois, porque serão tributados apenas os rendimentos do benefício que você aplicou. Então essa é a diferença básica, o benefício fiscal antecipado no caso do PGBL e o benefício posterior com o VGBL.
IN: Neste ano, a arrecadação total do VGBL disparou 73%. O que puxou esse crescimento?
Sérgio Rosa: O PGBL é muito destinado às pessoas que ainda têm uma margem de desconto dessa aplicação do imposto de renda. As pessoas que já ultrapassaram isso buscam o VGBL para buscar o benefício fiscal futuro. Por isso o VGBL hoje cresce mais do que o PGBL.
IN: Quais têm sido as principais estratégias para manter crescimento sustentável?
Sérgio Rosa: Primeiro é abordar as pessoas, levar a elas as vantagens que existem tanto fiscais, quanto de rentabilidade ao longo do tempo. Isso é extremamente importante. Segundo é oferecer um arranjo de produtos que se adapte às necessidades de cada um. As pessoas têm diferentes necessidades, diferentes momentos, diferentes níveis de renda e a gente entende que precisa procurar adaptar a nossa oferta a diferente situação das pessoas.
IN: Quais as perspectivas para o próximo ano, inclusive, com um novo governo no País?
Sérgio Rosa: Estamos projetando crescimento forte para 2011. Acho que a economia continuará crescendo, assim como a renda das pessoas, a percepção de segurança. Então, tudo isso nos mantém otimistas também para um crescimento forte em 2011.
Sérgio Rosa- presidente da Brasilprev
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