Seguros: pessoas devem desconfiar de indenizações surpresas e preços baixos

SÃO PAULO – Quando o assunto é seguro, o consumidor deve desconfiar de indenizações surpresas, especialmente daquelas que pedem pagamento antecipado para que a pessoa tenha o direito de recebê-la. Além disso, o oferecimento de apólices com valores muito abaixo do mercado também deve ser alvo de atenção.

Isso porque, segundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), o número de golpes envolvendo seguros cresceu 43,23%, passando de 1.279 denúncias, em 2008, para 1.832 vítimas no ano passado.

De acordo com a Superintendência, os golpes mais comuns são referentes aos seguros de vida e previdência.

“O tipo de abordagem muda (carta, telegrama, ligação), mas o objetivo é sempre o mesmo: a pessoa, para receber a indenização, por exemplo, de um parente que morreu, mas não contou que tinha seguro, deve fazer o pagamento antecipado, urgente, em uma conta-corrente”, informa o órgão, por meio de sua assessoria de imprensa.

Vítimas
Ainda segundo a Susep, idosos, viúvas e aposentados, por serem mais crédulos, são, em geral, as vítimas preferenciais.

No que diz respeito aos golpistas, eles são estelionatários que, às vezes, possuem algum informação da pessoa, como nome completo, telefone, RG ou local onde a pessoa trabalhou. A entidade alerta que esses dados servem como isca para tornar o golpista mais crível.

Prevenção
Para se prevenir, a Susep orienta ao consumidor que, ao desconfiar de uma abordagem, procure imediatamente os canais de atendimento da entidade, para obter orientações sobre a veracidade da proposta.

Além disso, de acordo com o gerente da diretoria de proteção de seguro da CNSeg (Confederação Nacional de Seguros), Leonardo Girão, as pessoas sempre devem desconfiar se o corretor disser que é de uma corretora específica ou se não houver meios de encontrá-lo (a pessoa só tem e-mail ou celular).

No mais, diz ele, qualquer problema, além de ser reportado à Susep, deve ser denunciado ao disque-denúncia (181).