Notícias | 3 de junho de 2024 | Fonte: Portal Terra

Seguro viagem impediu prejuízo de R$ 200 mil de turista que tropeçou no lençol e quebrou perna na queda

Passagem aérea e hospedagem são os gastos que vêm imediatamente à mente quando pensamos em uma viagem internacional. Mas para os mais precavidos, há um outro custo também indispensável e que precisa ser planejado ainda em solo brasileiro: o do seguro viagem.

A turismóloga Aissi Débora, de 24 anos, sabe bem a importância do gasto. Quando fez um intercâmbio para a Argentina, em 2022, foi diagnosticada com pneumonia faltando dois dias para retornar ao Brasil. A única despesa para cuidar da saúde foi pouco mais de R$ 200, valor pago ao seguro antes de viajar.

Aissi ficou internada por 13 dias em um hospital que considera ser de ponta. Desse período, nove passou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela conta, porém, que teve uma preocupação no momento de admissão para a UTI.

“Eu tive um pequeno problema, porque o hospital estava falando que eu precisava ir para a UTI, e que era, por exemplo, US$ 4 mil (cerca de R$ 20 mil) a diária e o meu seguro estava só liberando US$ 2 mil (na cotação atual, R$ 10 mil), que era o valor de um quarto”, relembra ao Terra.

A questão foi resolvida ainda no mesmo dia e, depois disso, a jovem se lembra de ter tido uma boa relação com a seguradora. “Eles me mandavam mensagem perguntando como eu estava, atendimento todo em português, até mesmo quando eu já tinha voltado para o Brasil”, diz.

Limites de cobertura
Aissi estava em um país que possui sistema público de saúde, mas, segundo ela, precário. “Praticamente não funciona, não é como o SUS. Eu precisei ficar em um hospital particular”, conta. Os custos com a internação foram tantos que ela nem consegue estimar. Além dos dias na UTI, foram feitos exames de ressonância magnética e a jovem chegou a precisar de fisioterapia.

“São exames muito caros. Apesar de ser em pesos e depois converter para dólares, era muito dinheiro e era tipo o melhor hospital da cidade. Então compensou bastante”, afirma.

Na época em que viajou, a única preocupação que teve na hora de escolher o seguro viagem foi com relação à cobertura de covid-19, que ainda estava em alta. Seu seguro cobria um total de US$ 100 mil (aproximadamente R$ 515,9 mil) em despesas médicas.

O valor parece ser alto, mas a depender do país em que se está pode deixar o viajante na mão. Nos Estados Unidos, por exemplo, famoso pelo alto custo de tratamentos de saúde, o valor pode ser bem acima.

“Nós já atendemos sinistros de US$ 500 mil (R$ 2,5 milhões) nos EUA, quantia que pode comprometer o orçamento de qualquer viagem e até mesmo colocar em risco o bem-estar do viajante”, conta Luiz Gustavo da Costa, CEO da seguradora Coris.

O executivo ressalta que mesmo para nativos norte-americanos os custos com saúde podem assustar, para brasileiros, com o real desvalorizado, o peso no bolso pode ser ainda maior. No site da empresa, inclusive, há uma diferenciação de cotação de valor dos seguros quando a viagem envolve ou não os EUA.

É preciso seguro viagem no Brasil?
Mesmo no Brasil, em que há um sistema público de saúde reconhecido internacionalmente, muitos brasileiros preferem ter a segurança de que serão atendidos com mais agilidade no sistema privado. Para estes, que não possuem planos de saúde de cobertura nacional, o seguro viagem também é recomendado.

Luciana Volante, diretora de marketing e comercial da Hero Seguros, conta uma experiência que viveu com uma segurada de São Paulo, que estava viajando na Bahia, em uma cidade próxima a Salvador.

“Ela tropeçou no lençol, caiu e quebrou a perna. A gente teve que deslocá-la para um hospital em Salvador. Ela precisaria de uma cirurgia, mas não ficaria menos de R$ 200 mil”, conta. O seguro contratado pela mulher cobria despesas médicas no limite de R$ 30 mil. A solução da seguradora, então, foi custear o deslocamento dela para um hospital em São Paulo, onde ela teria o plano de saúde.

Para Luciana, qualquer viagem, por menor que seja, para dentro ou fora do país, deve ser considerado buscar um seguro viagem. Ela conta que, em dois anos de atuação no mercado, a Hero Seguros já teve mais de um milhão de segurados e deste número 30 mil tiveram o sinistro acionado.

Percentualmente falando, a diretora de marketing explica que apenas 3% a 4% dos clientes que contratam vão usar o seguro viagem. E, pensando nisso, a empresa em que trabalha decidiu oferecer outros benefícios para que o cliente possa usufruir mesmo não precisando do sinistro. Entre eles estão acesso a salas VIPs nos aeroportos e 10% de desconto nos Duty Frees.

Quanto custa o seguro viagem?

  • Na Hero Seguradora, em média um seguro para uma viagem internacional de 10 a 15 dias gira em torno de R$ 245.
  • Na Coris, o custo médio geral está em torno de R$ 380 para passageiros até 65 anos, abrangendo seguro viagem nacional e internacional.
  • Para viagens aos EUA, o custo médio aumenta para R$ 480, considerando uma viagem de 10 dias.

Além das despesas médicas, a maioria dos seguros também dão ressarcimento em caso de atraso de voo, atraso de bagagem e despesas farmacêuticas.

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