Em alguns destinos, o Seguro Viagem não é mais apenas um item essencial para garantir tranquilidade, mas uma exigência obrigatória. Muitos países adotaram essa regra para proteger seus sistemas de saúde e garantir que visitantes tenham assistência adequada em caso de imprevistos. Sem a comprovação da cobertura mínima exigida, turistas brasileiros podem enfrentar problemas na imigração, sendo impedidos de entrar no país ou até mesmo deportados. Por isso, antes de embarcar, é fundamental conhecer as exigências do seu destino e garantir a proteção adequada para evitar contratempos.
De acordo com informações do site Melhores Destinos, existem 32 países onde o Seguro Viagem é obrigatório para turistas brasileiros. O produto é exigido em qualquer país da União Europeia que faça parte do Tratado de Schengen, acordo entre países europeus que permite a livre circulação de pessoas e mercadorias sem controles de fronteira. Fazem parte do Tratado de Schengen países como Alemanha,Dinamarca, Espanha, França, Grécia, Holanda, Itália, Portugal, Suíça e outros. Além destes, a proteção para os brasileiros também é exigida no Catar, Cuba, Emirados Árabes, Equador, Irã e Venezuela.
Em entrevista ao CQCS, o consultor e corretor especializado em Seguro Viagem, Samy Hazan, destacou que a exigência de seguro viagem por determinados países visa essencialmente garantir que os visitantes possuam capacidade financeira para cobrir despesas médicas ou emergenciais, evitando assim que sobrecarregam os sistemas públicos de saúde locais. “Isso se torna especialmente crítico em países com assistência médica cara ou limitada para estrangeiros. Adicionalmente, esta exigência funciona como uma estratégia de gestão de riscos por parte dos governos, protegendo suas economias e serviços essenciais contra custos inesperados decorrentes da assistência a turistas sem cobertura adequada”, disse.
Quais são as consequências de um turista não apresentar um Seguro Viagem obrigatório ao chegar no destino?
Segundo o especialista, as consequências mais comuns envolvem a proibição imediata de entrada no país, o que pode resultar em deportação, multas, gastos adicionais com acomodação e deslocamentos forçados de retorno. Do ponto de vista prático e financeiro, não portar o seguro obrigatório também pode acarretar prejuízos significativos ao turista, que perde reservas, pacotes adquiridos, e enfrenta desgastes pessoais e emocionais. “Em termos de gestão de riscos, essa situação reflete uma falta crítica de planejamento que pode impactar não apenas a viagem atual, mas futuros planos internacionais devido a potenciais restrições migratórias”, pontuou.
Diferenças entre as coberturas de Seguro Viagem
Samy Hazan ressalta que existem diferenças importantes nas cobertura de seguro nacional e internacional. Embora ambos cubram essencialmente riscos médicos, hospitalares e assistenciais, “O internacional geralmente oferece coberturas mais amplas e valores de garantia superiores, especialmente relacionados a despesas médicas e hospitalares, repatriação sanitária, translado de corpo, assistência jurídica e extravio ou atraso de bagagem. Já o seguro nacional, devido à existência do SUS e menor risco financeiro associado, frequentemente possui limites menores e coberturas mais simples. Em termos técnicos, a principal distinção é a amplitude e complexidade do gerenciamento de risco, mais crítica no contexto internacional devido à diversidade e imprevisibilidade dos eventos cobertos”, relata.
Por fim, o especialista lembra que o Seguro Viagem é um instrumento fundamental de gestão de riscos para qualquer deslocamento. “Cada viagem expõe o viajante a vulnerabilidades específicas que, sem o devido seguro, poderiam se tornar perdas financeiras expressivas e dificuldades logísticas complexas, principalmente em ambientes desconhecidos ou no exterior. O Seguro Viagem protege não apenas o viajante, mas garante uma operação mais previsível e estável para empresas e famílias, promovendo tranquilidade e otimizando recursos que seriam utilizados para lidar com emergências de forma desorganizada. Em resumo, viajar sem seguro é um risco desnecessário e mal gerenciado, especialmente considerando o custo relativamente baixo das coberturas diante do potencial prejuízo financeiro e emocional gerado por incidentes imprevistos”, concluiu.
Ainda segundo informações do site Melhores Destinos, nos Estados Unidos, apesar de o seguro viagem não ser um item obrigatório, o país tem um dos custos de saúde mais altos do mundo, portanto, a recomendação é sempre fazer um seguro com uma cobertura compatível com o risco.