O grande produto de seguro para o agronegócio, atualmente, é o seguro da safra. É ele que dá ao produtor rural a segurança necessária para investir milhões de reais no negócio, sem medo de quebrar a cara por causa de uma seca ou de chuvas excessivas. Ao longo dos últimos anos o seguro rural evoluiu muito e hoje é um produto que atende bem as necessidades de proteção do agricultor. Com soluções como os seguros paramétricos, o seguro rural tem se mostrado eficiente e acessível, possibilitando que um número recorde de fazendas tenha sua lavoura protegida e este número tem crescido ano a ano.
Um dos diferenciais do seguro rural é que o governo federal assume metade do preço, tornando o produto economicamente viável para a imensa maioria dos produtores. E, se a plantação for em São Paulo, esse benefício aumenta mais, já que o governo do Estado assume 50% do preço que deve ser pago pelo segurado.
Nada de novo debaixo do sol, os subsídios são prática normal no setor agrícola e não são uma invenção tipicamente brasileira. Isso acontece no mundo inteiro, com ênfase na União Europeia, onde uma vaca recebe milhares de euros em subsídios, porque sem eles a agricultura europeia não teria competitividade. Mas não é só na Europa que os subsídios são relevantes para a produção de alimentos baratos e com preços competitivos. Os Estados Unidos são extremamente criativos na matéria e não se importam nem um pouco em investir bilhões de dólares em subsídios para seus agricultores seguirem sendo altamente competitivos no mercado internacional.
Mas enquanto União Europeia e Estados Unidos investem pesado na proteção de seu agronegócio, no Brasil a realidade é outra. Atualmente, menos de 8% das propriedades rurais são protegidas pelo seguro. Quer dizer, a imensa maioria dos agricultores assume o risco no peito e na raça, podendo perder todo o investimento feito numa lavoura em função de um acidente de percurso, seja chuva, seca ou praga.
As seguradoras oferecem produtos modernos e capazes de manter a competitividade da agricultura brasileira, garantindo aos agricultores a reposição dos prejuízos sofridos em caso de acidentes cobertos. Aqui é importante lembrar que agricultura nacional vai muito além da soja, do milho, do trigo e do feijão e que estas lavouras também necessitam proteção porque estão sujeitas aos danos causados pelas pragas, ou pelas geadas, como acontece de tempos em tempos com os cafezais.
No final da década de 1960 o governo paulista saiu em auxílio de seus agricultores e criou uma seguradora com a missão de segurar as principais lavouras do Estado. Além disso, foi ele também que iniciou a política de subsidiar parte do preço do seguro. Os resultados foram muito bons e cafezais, plantações de laranja e outras frutas passaram a contar com o seguro para garantir os investimentos feitos, dando segurança para o lavrador.