O mercado de seguros pode ter cerca de 2 milhões de novos segurados no ano de 2004 com a perspectiva de disseminação do seguro de vida popular. A previsão é do superintendente da Susep, Renê Garcia, que acredita que o público alvo para este tipo de seguro abrange mais de 10 milhões de pessoas. “Nós acreditamos que 30% dos consumidores das classes C, D e E possam adquirir este tipo de produto. Ou seja, estamos falando em algo entre 10 e 15 milhões de pessoas, dos quais acreditamos que cerca de 2 milhões farão parte do mercado até o final do ano”, prevê o dirigente.
A Susep está elaborando um estudo para preitear junto ao governo melhores condições tributárias para os produtos voltados à população de baixa renda. Uma das alternativas pode ser a redução ou isenção do IOF, que hoje é de 7%. “Ainda estamos estudando a melhor forma para apresentarmos uma proposta concreta”, disse Garcia.
Uma das possibilidades, segundo o dirigente, seria o diferimento da tributação do IOF, ou seja, em vez de o imposto ser cobrado no pagamento do prêmio, ele seria cobrado posteriormente no momento do pagamento da indenização. “Estamos tentando facilitar ao máximo as condições para a venda desse tipo de produto. Trata-se de uma forma de inclusão social, já que este seguro traz garantias para a população carente em caso de infortúnio”.
A Autarquia também está elaborando um modelo de apólice-padrão para o seguro de vida popular. Segundo o diretor da Susep, João Marcelo Máximo dos Santos, o objetivo é facilitar o acesso das companhias que quiserem operar com o produto. “O modelo já funciona com outros ramos. Isso não significa que uma seguradora não possa lançar produtos diferentes. Nós queremos simplificar e agilizar o processo de aprovação do produto”, ressaltou.
Autor: Sergio Vasconcellos