Notícias | 10 de agosto de 2004 | Fonte: Diário do Comércio

Seguro para não interromper os estudos

Vanessa Jaguski

Comprar um seguro para garantir a continuidade dos estudos dos filhos na eventualidade de o pai ou responsável financeiro pelo pagamento das mensalidades vir a faltar pode parecer a muitos pais algo distante e até desnecessário. Mas na ponta do lápis o seguro, analisadas as coberturas nele embutidas, é barato. Além de pesar pouco no orçamento, esse tipo de seguro, que não é novo no mercado, ampliou, nos últimos anos, as coberturas. O que tornou o produto ainda mais vantajoso.

Dentro e fora da escola

Entre elas estão, por exemplo, a cobertura auxílio-desemprego, que garante o pagamento das mensalidades por determinado período no caso de o pai ou responsável perder o emprego. Outra é a que acolhe o segurado em situações de acidentes com o estudante, dentro e fora da escola.

Mas não pára por aí, As coberturas podem chegar a reembolso de despesas médico-hospitalares feitas após o estudante ter sofrido algum acidente, aulas particulares, transporte do aluno acidentado, pagamento de aulas particulares na impossibilidade de remoção, locação de aparelhos ortopédicos e por aí vai.

Voltando à ponta do lápis, um pai com idade hoje de 40 anos que gaste R$ 500,00 com a mensalidade escolar pagará o equivalente a R$ 20,22 mensais pelo plano básico e R$ 30,00 se tiver cobertura opcional na seguradora Porto Seguro.

Contratação

O seguro educação pode ser contratado de duas formas: indivualmente ou coletiva, por meio da escola. Há muitas escolas hoje na cidade de São Paulo que têm o seguro e o oferecem a seus alunos na forma de um contrato coletivo, com regra única. Basta o pai ou responsável perguntar à escola se tem o produto.

Auxílio

De acordo com o gerente de comunicações e marketing da Indiana Seguros, Eduardo Sallum, o seguro educação foi desenvolvido para auxiliar pais e responsáveis legais na manutenção da educação de crianças e adolescentes, independente de quaisquer contratempos como a perda do emprego, doenças, acidentes ou morte do responsável.

No caso de desemprego ou impossibilidade de trabalho, o comum entre as seguradoras é o pagamento da renda contratada por três meses, para auxílio do pagamento das mensalidades da escola.

O custo, apesar de variar de acordo com os adicionais escolhidos, é acessível. `Para contratar o Seguro Educação Indiana, uma pessoa de 33 anos e mensalidade contratada no valor de R$ 350, pagará mensais de R$ 21,31 para cobertura do Maternal I até a conclusão do ensino médio e de R$ 28,50 se o ciclo for estendido até o final do ensino superior`, exemplifica Sallum.

Indenização

A indenização, quando necessária, é feita em forma de caderneta de poupança, com saques mensais e dois extras: um para matrícula e outro para auxílio com materiais escolares e uniformes.

Já na Porto Seguro esse pagamento é feito de uma única vez a cada ano, desde que tenha sido comprovada que a matrícula na escola foi feita.

O número de pessoas que contratam o seguro na forma individual ainda é menor do que a contratação via escola, segundo as empresas que trabalham com o produto.

`O problema é que no Brasil a preocupação com seguro de vida ainda é muito baixa e o seguro educação não deixa de ser este tipo de produto`, diz o diretor da área de produtos vida da Porto Seguro, Fábio Luchetti. Destinado tanto ao público final quanto aos contratos coletivos, o Porto Seguro Vida Educacional foi revitalizado no início de 2004, passando, por exemplo, a ter cobrança individual, separada da mensalidade escolar. Luchetti comemora os resultados: `Aumentamos em 50% as vendas em julho em relação ao mesmo período de 2003`, diz.

Preço melhor

A vantagem do contrato coletivo, segundo Luchetti, é que o preço fica mais competitivo. `Se a escola ainda não oferecer esse tipo de seguro, os pais podem se reunir e pedir uma parceria nesse sentido`, diz. Normalmente, a instituição educacional também sai ganhando com a contratação do produto a seus alunos. Na Porto Seguro, por exemplo, o benefício inclui reparos em serviços emergenciais e três palestras dirigidas aos alunos, com temas a serem escolhidos pela escola.

Outros bancos e seguradoras como o Banespa, o Bradesco e a Nationwide Marítima também dispõem do seguro educação. No Banespa, um diferencial: não é necessário que o contratante seja o pai ou responsável legal do estudante.

No Bradesco há a possibilidade de estender a cobertura até a pós-graduação. As exigências para contratação do seguro não variam muito entre as empresas. Entre elas, a de que o contratante esteja empregado, não esteja com dificuldades financeiras, como por exemplo, estar inadimplente no mercado, e não apresentar problemas de saúde. Ah, a idade máxima é de 65 anos.

Originalmente, o seguro educação nasceu com a proposta de garantir ao estudante, a maioria menor de idade, continuar seus estudos no caso de morte do pai ou responsável. Mas hoje quase todas as empresas que trabalham com o seguro, entre bancos e seguradoras, oferecem mais do que isso. São as coberturas opcionais, que podem ser contratadas ou não, como o próprio nome sugere, pelo segurado.

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