Para contratar o serviço, é preciso possuir bicicleta de no mínimo R$ 3 mil. No Brasil, já são 6 mil bikes seguradas
Foi-se o tempo em que a expressão “ladrões de bicicletas” fazia alusão aos criminosos inexperientes. Hoje, com bikes cada vez mais caras e luxuosas transitando pelas ruas de Fortaleza, há muitos oportunistas que sabem avaliar quais são as mais valiosas do mercado.
Com essa insegurança, o número de ciclistas que procuram se defender através de seguros específicos para bikes cresceu nos últimos anos. Segundo o corretor de seguros da Fides Seguros Deusemar Pessoa, a procura só não é maior por falta de informações sobre o serviço.
“Com essa questão de insegurança, muitas pessoas em todo o Brasil já contrataram o serviço. Mas esse número aqui em Fortaleza ainda não é muito grande por questão de informação. As pessoas não sabem que existem esse serviço e só vão se dar conta depois de perderem a bicicleta”, conta. Para Deusemar, entre os principais destaques do serviço está o custo benefício. “O valor que se paga por um seguro de bicicletas sai bastante em conta ao bolso. Tendo em vista um serviço para uma bicicleta de R$ 3 mil, a pessoa pagará R$ 378 por ano. Além das formas de pagamento, que podem ser feitas em até cinco vezes sem juros”, ressaltou.
Ainda conforme o corretor, quanto mais cara custar a bicicleta mais benefício o seguro possui. “Vale ressaltar que quanto mais cara a bike, mais vantajoso se torna o seguro. Já que a franquia é de 10% do valor da bike, com o valor mínimo de 800,00. Então para bicicletas abaixo de R$ 8 mil, a franquia acaba sendo mais de 10% do valor da bike”, explica.
Pré-requisitos
Mas apesar de ter um aumento, o serviço possui alguns pré-requisitos mínimos para poder ser oferecido. Segundo o corretor, o seguro para bicicletas estabelece um valor mínimo para uso.
“As seguradoras não fecham contrato com bicicletas abaixo de R$ 3 mil. Por conta de condições monetárias para que realmente valha a pena para a companhia e o usuário. Não temos dados no Ceará, mas no Brasil já são 6 mil bicicletas seguradas”, destaca.
Além de cobrir prejuízos com roubos e furtos, o serviço cobre questões de acidentes. “Caso você bata em uma pessoa com a sua bicicleta, e ela se machucar, o seguro paga parte do tratamento da pessoa”, conta.
Rastreador
Outra medida de segurança que tem crescido bastante entre os ciclistas é o rastreador para bikes. Com um valor bem mais acessível, a funcionalidade tem chamado bastante atenção de consumidores cearenses. Entre eles está o ciclista Renato. Com medo da insegurança após comprar uma bicicleta por R$ 6 mil, ele optou pelo rastreador. “Pesquisei diversos modelos, mas não encontrei nenhum modelo de fabricação nacional. Realmente eu precisei importar e colocar. Mas o motivo principal de eu ter colocado isso foi a insegurança. Perder um objeto tão caro assim da noite pro dia realmente é complicado”, disse.
Segundo o ciclista, é possível adquirir um rastreador por apenas R$ 250 pela internet. “Comprei de uma empresa cearense que desenvolveu uma plataforma (site) de rastreamento. O meu custou R$ 350,00, pois tem o preço da plataforma embutido, mas tem preços na internet que podem sair por R$ 250 ou menos”, disse.
Quando perguntado como funciona o equipamento, Renato explicou que todo o monitoramento é feito pelo Google Maps. “Caso você compre só o aparelho, o rastreamento se dá por meio de SMS. Ou seja, você manda uma SMS para o rastreador e ele te retorna uma SMS com a localização da bike e o link para o Google Maps. Com a plataforma, eu faço o rastreamento através do site ou aplicativo que eu instalei no meu celular. Existe também o custo de recarga mensal, o rastreador se comunica por meio de um chip de celular instalado nele. No meu caso, assinei um plano pré pago q custa R$12,00 mensais”, concluiu.
