A participação da carteira de automóveis na receita global do setor caiu progressivamente no ano passado, segundo levantamento feito pela Fenaseg, com base em dados oficiais da Susep e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A pesquisa revela que a fatia correspondente a esse ramo no faturamento das seguradoras despencou de 24,8% em janeiro para apenas 21,1% em novembro. Essa diferença de 3,7%,em termos nominais, representa algo em torno de R$ 1,2 bilhão e supera a receita apurada de janeiro a novembro em carteira importantes, tais como o seguro de acidentes pessoais (2,9% da receita total), transportes (1,9%) e habitacional (2,1%). A participação média anual do seguro de automóveis na receita ficou em 23,9%.
Logicamente, o ramo vida, graças ao VGBL, teve influência direta nesse processo. Tanto assim que a fatia equivalente a essa carteira no faturamento global do setor saltou de 24,6% para 36,7% entre janeiro e novembro. Nesse caso, a diferença de 12,1% supera a soma dos percentuais correspondentes aos ramos incêndio (7,3%) e Dpvat (4,17%), que são, respectivamente, a quarta e a quinta maiores carteiras do mercado.
Contudo, o seguro de automóveis perdeu espaço até mesmo para o ramo saúde, que teve desempenho apenas razoável em 2003 e cuja participação na receita total do setor passou de 17,9% em janeiro para 18,05% em novembro.