Notícias | 13 de setembro de 2004 | Fonte: Tudo Paraná

Seguro agrícola deve ter adesão de 850 mil produtores

Lula brinca e diz que o Tesouro Nacional e o Ministério da Fazenda estão de mãos abertas
Ricardo Stuckert/Abr

Cerimônia de lançamento do Seguro da Agricultura Familiar foi realizada em Brasília.

Brasília (Das agências) Neste ano, 850 mil agricultores devem aderir ao Seguro da Agricultura Familiar. A expectativa é do ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, que lançou ontem o seguro junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. O seguro resguarda os agricultores de prejuízos com fenômenos climáticos e pragas na lavoura.

Para o ministro, a partir de agora os agricultores passam a ter apoio no momento em que mais necessitam, pagando para isso uma alíquota de 2% sobre o valor financiado. Eles terão cobertura integral do financiamento para o custeio agrícola e 65% da renda líquida estimada para produção, além deste empréstimo. Segundo Rosseto, o seguro já está em fase de implantação e os agricultores podem aderir ao programa para a safra 2004/2005.

Um seguro agrícola que reduzisse os riscos da produção era uma reivindicação antiga dos trabalhadores rurais e agricultores familiares. Ontem, eles comemoraram a conquista. Tínhamos um drama a cada safra, quando pequenos agricultores perdiam tudo com as chuvas de granizo ou com a seca, afirma o produtor Romário Rosseto, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), entidade que representa 300 mil famílias em 18 estados.

Afinado

Ainda durante a cerimônia de lançamento do Seguro da Agricultura Familiar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou para comemorar o bom momento da economia brasileira e brincou com o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, devido à melhora dos indicadores econômicos e ao fato de o governo estar gastando mais. Provocando risos na platéia, Lula disse que o Tesouro Nacional e a Fazenda estão de mãos abertas e Palocci tem um coração enorme para liberar recursos que os ministros pedem. Lula disse que agora as coisas estão muito mais afinadas no governo e que os avanços estão ocorrendo no tempo certo.

As coisas não acontecem antes do tempo. O Tesouro precisou preparar o Brasil financeiramente para fazermos as coisas agora. Não poderíamos fazer em março de 2003, quando a economia estava ruim. Agora a gente está numa boa situação, afirmou. E brincou: Para ver isso, não preciso nem ver o jornal. É só olhar a cara feliz deles (Palocci e a equipe da Fazenda). As condições estão mais favoráveis e temos que continuar fazendo as coisas de forma mais madura e mais organizada.

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