Uma matéria do Valor Econômico publicada dia 14/04 informa que um grupo de seguradoras e advogados procurou a Procuradoria-Geral da Fazenda para solicitar um fast track (via rápida) para realizar a troca de depósitos judiciais por seguro-garantia.
Esse tipo de de transação foi assegurado pelo Conselho Nacional de Justiça, mas o setor privado acredita que isso não será rápido o suficiente para liberar capital de giro durante a crise.
Jorge Sant’Anna, diretor-presidente da BMG Seguros, está liderando o grupo e informou ao Valor que a ideia é que esse movimento poderia permitir a injeção de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões em capital de giro. A iniciativa teria foco em alguns segmentos da economia, em tese mais afetados pela crise.
Quando recolhido em disputas com a União, esse dinheiro é contabilizado como receita e ajuda as contas fiscais. Segundo o que Sant’Anna informou ao Valor, nos últimos dois meses já vinha crescendo a opção por seguro-garantia em detrimento dos depósitos tradicionais, mas a PGFN ainda estaria conseguindo em vários tribunais barrar a troca daquilo que já existe.
Em nota, o IRB, que também faz parte do grupo, informou que busca com os demais atores uma “aprovação célere” dessa proposta. “O mercado de seguro-garantia está travado por causa do cenário que vivenciamos e esse projeto contribui para melhorar o fluxo de irrigação de recursos para nossa economia”, diz a resseguradora