As seguradoras brasileiras precisam melhorar os resultados técnicos e reduzir a dependência de resultados financeiros. O alerta é da agência internacional de classificação de risco de crédito Standard & Poor’s (S&P), em um relatório divulgado ontem intitulado “Síntese Setorial: Seguradoras”. Segundo análise da agência, o mercado de seguros faturou R$ 17,2 bilhões no 1º semestre de 2003 e apresentou “boa rentabilidade”. Entretanto, informa o relatório, o índice combinado do setor, de 104% até junho, precisa ser melhorado. O índice combinado é um dos principais indicadores da saúde das contas de uma seguradora. Ele mede a representatividade das despesas administrativas, com sinistros e comercialização sobre os prêmios ganhos. Quando ele fica acima de 100, significa que as despesas estão acima das receitas. “As empresas de seguro devem manter sua estratégia de redução de despesas operacionais, bem como seus investimentos relacionados ao controle de fraudes e a redução de sinistros”, aponta a S&P. Para a S&P o mercado de seguros no Brasil vai prosseguir na tendência de concentração em grandes grupos, a exemplo do que já ocorreu no mercado bancário. Perto de 67% do faturamento do conjunto das seguradoras estaria hoje nas mãos dos seis maiores grupos de seguros, boa parte deles também ligada aos líderes do setor bancário.
Seguradoras brasileiras devem melhorar resultado
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