Notícias | 6 de agosto de 2018 | Fonte: Correio

Seguradora inspeciona prédio da Assembleia Legislativa que pegou fogo

A seguradora responsável pelo prédio da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), que pegou fogo na semana passada, começou a inspecionar o local na manhã desta sexta-feira (3). Isso ocorre sete dias após o terceiro pavimento do Palácio Luís Eduardo Magalhães ser destruído pelas chamas. A estrutura não passava por reforma desde 1994 e estava sendo restaurada quando o incidente aconteceu.

Segundo a assessoria da Alba, a inspeção da seguradora deve ser concluída ainda nesta sexta e, logo depois, serão iniciados os trabalhos para restabelecer o sistema de telecomunicações da Casa, afetado desde o incêndio. A ideia é que os operários trabalhem durante o fim de semana e que, na segunda-feira (6), tanto o sinal de internet quanto as linhas telefônicas estejam normalizadas.

Todos os servidores de internet ficam no prédio principal, onde houve o incêndio e onde funciona a sessão de Tecnologia da Informação (TI). O local está interditado e a energia foi desligada por questões de segurança. Desde então, os funcionários que trabalhavam no edifício foram transferidos para os anexos, que ficam ao lado do Palácio. Modens foram distribuídos, mas o sinal de internet ainda não é dos melhores.

Em nota, a Alba informou que a seguradora já autorizou o início dos serviços de revisão da parte elétrica e ajuste na cobertura do plenário. A presidência da Casa criou um Grupo de Ação Administrativa (GAA) que vai coordenar uma força-tarefa para fazer a limpeza do prédio. Esse mesmo pessoal está acompanhando os trabalhos dos representantes da seguradora.

“Inicialmente, será um trabalho forte de limpeza de toda a área e secagem de alguma área que por ventura ainda esteja com água. Só depois dessa etapa inicial é que se iniciarão os trabalhos de revisão elétrica setor por setor, sendo então restabelecida, aos poucos, a energia elétrica. Além desses serviços de limpeza e revisão elétrica, em algumas salas serão necessários serviços complementares de recomposição de forro de gesso e possível substituição de alguns equipamentos”, diz a nota.

A assessoria informou também que o fogo destruiu o telhado do prédio e, por isso, alguns setores vão precisar de uma cobertura improvisada até resolver o problema. A força-tarefa vai trabalhar durante este final de semana, fazendo a limpeza das salas e corredores e os serviços de revisão elétrica. O nome da seguradora do prédio e o valor do seguro ainda não foram divulgados. Uma empresa de engenharia será contratada para vistoriar o prédio na próxima semana, antes dele ser liberado para uso.

Logo após o incidente, no domingo, o presidente da Alba, Ângelo Coronel, informou que existe um Projeto de Lei tramitando na casa para a criação de uma Brigada de Incêndio especificamente para o Centro Administrativo da Bahia (CAB). Os detalhes também não foram divulgados. A assessoria informou que está com dificuldades para acessar a matéria por conta do problema com a internet.

Investigação
O Departamento de Polícia Técnica (DPT) informou que o laudo da perícia será concluído em até 30 dias. Já a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar as causas do incêndio. A 11ª Delegacia (Tancredo Neves) é responsável pela investigação.

Dois dias depois do incêndio, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) informou que o fogo não comprometeu a estrutura do prédio, mas interditou o edifício. No laudo, os engenheiros recomendaram a interdição até que alguns reparos sejam feitos.

Segundo o documento, o forro do primeiro subsolo está com infiltrações generalizadas e corre o risco de cair, assim como os vidros da cobertura do plenário. Já no segundo subsolo, o forro de gesso também está com infiltrações devido à água jogada no combate ao incêndio.

O andar térreo está com a cobertura de fibra de vidro totalmente danificada e com o piso alagado. No primeiro e no segundo pavimentos, os engenheiros não identificaram danos e disseram que depois que a limpeza for concluída eles podem ser liberados.

Incêndio
Por volta das 15h de sábado (28) funcionários que trabalhavam na Alba perceberam a fumaça saindo do terceiro pavimento do prédio principal e acionaram o Corpo de Bombeiros. O combate ao fogo durou até às 17h30 e os profissionais tiveram que usar, além da água das viaturas e do hidrante, a do reservatório da própria Assembleia e da piscina.

Segundo a presidência da Casa, o fogo começou na ala em que funciona a Diretoria Financeira e o Departamento de Recursos Humanos, mas este último havia sido transferido semanas antes por conta da reforma que estava sendo feita naquele andar.

As chamas se propagaram rápido pela fibra de vidro que revestia o teto do pavimento e alcançaram a ala em frente, onde ficavam a União dos Vereadores do Brasil (UVB) e a Associação dos Ex-Deputados da Bahia (Assed-BA). A mobília desses espaços serviu de combustível para o fogo. Tudo ficou destruído. No momento do incidente 8 servidores estavam na Alba, mas ninguém ficou ferido.

Um comentário

  1. JAIME HORT

    22 de agosto de 2018 às 9:22

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