Dados oficiais da Susep confirmam que o faturamento das seguradoras vem crescendo em um ritmo muito mais veloz do que o da comissão de corretagem, o que, para muitos analistas, é resultado do fato de o mercado ter tido um incremento “superficial” nos últimos meses, sustentado pelo VGBL, que é muito mais um fundo financeiro do que propriamente um tipo de seguro.
Seja como for, segundo os números da Susep, enquanto o volume de prêmios emitidos em dezembro passado foi 52,3% superior ao montante apurado no mesmo mês, em 2002, a variação verificada no caso das despesas de comercialização (basicamente, as comissões) ficou em apenas 11,7%. No mesmo período, o volume de prêmios ganhos cresceu 19,5% e o de sinistros retidos, somente 10,4%.
O resultado disso foi que a relação entre despesas comerciais e prêmios ganhos caiu 6,5% entre os dois períodos comparados, enquanto o peso dos gastos administrativos na receita ganha pelas seguradoras teve um incremento de 10,7%. O valor desembolsado pelas empresas do setor para cobrir as despesas administrativas deu um salto de 32,3% entre dezembro de 2002 e dezembro de 2003.
Outro dado que comprova ter sido dezembro do ano passado bem melhor para as seguradoras do que o mesmo mês no exercício anterior foi a redução do índice combinado de 1,127 para 1,088. Já o índice ampliado, que engloba o resultado financeiro das empresas, passou de 0,854 para 0,827.