Notícias | 16 de dezembro de 2003 | Fonte: Fenaseg

Resseguro aberto no Egito fez mercado crescer

A abertura do mercado de resseguros no Egito contribuiu para o crescimento do mercado segurador naquele país. Esta foi uma das constatações a que chegou o presidente da Fenaseg, João Elisio Ferraz de Campos, que participou da comitiva de empresários que acompanhou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva ,na visita aos países árabes. João Elisio, a diretora de Ramos Elementares, Resseguro e Capitalização da Fenaseg, Maria Elena Bidino, e a secretária geral da Fenaseg, Suzana Munhoz, visitaram a Federação das Seguradoras do Egito e foram recebidos pela secretária geral, Hoda Hussein, que substituiu o presidente da entidade, Fathi Youssef, que estava viajando. Durante o encontro, Hussein contou aos brasileiros que desde 95, quando foi aberto o mercado de resseguros, dobrou o número de seguradoras que atuam no país. Segundo ela, a abertura do resseguro incentivou o investimento de seguradoras estrangeiras no Egito. Para que o ressegurador tivesse condições de competir em igualdade com os resseguradores internacionais, o governo de lá estabeleceu , até 1999, que todas as operações de resseguro cedidos no país deveriam destinar uma taxa compulsória de 30% ao ressegurador estatal. Atualmente essa obrigação acabou, mas, o ressegurador estatal continua a operar no mercado. Hoje, o setor é composto por 20 companhias privadas e quatro estatais. Hussein contou ainda que o processo de privatização do mercado começou em 1994, mais foi bastante lento. A privatização também atraiu estrangeiras como AIG, ACE, Allianz e Royal & SunAlliance, que, em sua maioria concentra-se no mercado de Vida. O faturamento global do mercado segurador do Egito gira em torno de US$ 360 milhões por ano, sendo US$ 120 milhões referente ao segmento Vida. Assim como já acontece no Brasil, a partir de agora no mercado egípcio as companhias que quiserem operar em Vida terão que constituir uma companhia separada. Aliás, este é um dos segmentos que mais crescem naquele país – em média 20% ao ano. De acordo com Hoda Hussein, o bom desempenho é impulsionado, principalmente, pelos novos produtos nessa área, o investimento estrangeiro e a divulgação institucional que vem sendo realizada pela Federação com apoio da Superintendência de Seguros local. Além disso, em breve o governo do Egito irá regulamentar a operação de cooperativas que financiam recursos para jovens empreendedores, transformando-as em seguradoras. Será mais um nicho de mercado, que segundo Hussein, vem crescendo bastante. O investimento em consórcios de seguros é outra característica do mercado segurador egípcio. Existem consórcios, administrados pela Federação de Seguros, para vários segmentos como seguro de acidentes pessoais, invalidez, transporte, atômico, entre outros. Para presidir tais consórcios a Federação escolhe as companhias que tenham maior expertise naquele ramo. A secretária geral revelou ainda que o relacionamento com o consumidor é também motivo de preocupação em seu País. Prova disso é que uma Câmara de Mediação foi instalada na Superintendência de Seguros para ouvir, analisar e solucionar problemas entre consumidor e seguradora. Participam dessa Câmara, além do presidente da Superintendência, o presidente da Federação e presidentes de companhias de seguros. O mercado segurador egípcio também investiu na padronização das apólices como forma de diminuir as dúvidas do consumidor e também os conflitos existentes no momento de pagamento de sinistros. Outro fato que chamou a atenção dos brasileiros é a falta de um programa de prevenção à fraude contra seguros. Acontece que, por ter uma lei bastante rigorosa e punição muito severa, o índice de criminalidade no Egito é muito pequeno.

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