Registro de aluguel preocupa líderes dos corretores

Os líderes dos corretores de seguros estão encontrando muitas dificuldades para banir de vez do mercado a figura do corretor de aluguel. O pior é que o quadro está se agravando em algumas regiões do país. Como relata o presidente do Sincor-MG, Roberto Barbosa, há casos em que uma pessoa apenas utiliza o seu registro profissional para “formalizar” contratos de seguros intermediados por até 17 ou 18 corretoras de seguros: “esses profissionais têm, em geral, apenas uma cota da corretora, cujo controle real pertence a pessoas sem qualquer relação com a atividade. A situação é, de fato, muito grave”, adverte Barbosa.
Segundo ele, ao assinar o contrato de seguro por outra pessoa o corretor passa a correr sério risco, pois o novo Código Civil estabeleceu regras rígidas quanto à responsabilidade desse profissional: “muitos corretores estão sendo obrigados pela Justiça a pagar indenizações para os seus clientes. É preciso ter muito cuidado”, diz o presidente do Sincor-MG.
Ele destaca que também no preenchimento do questionário do perfil o corretor deve adotar uma postura cautelosa e, em nenhuma hipótese, responder às questões sem consultar o cliente.
Roberto Barbosa assinala ainda que, nesse contexto, a emissão por meio eletrônico pode trazer muitas dores de cabeça para os corretores: “a legislação em vigor exige a assinatura do corretor e do consumidor no contrato do seguro. Isso não é possível nos negócios feitos por meio eletrônico. Então, é preciso encontrar uma solução para esse problema”, destaca.