Notícias | 29 de janeiro de 2024 | Fonte: CQCS | Nicholas Godoy com informações do Valor Econômico

Recuperação do Setor Privado de Saúde no Brasil é projetada para 2025 

A retomada sólida do mercado privado de saúde no Brasil está prevista apenas a partir de 2025, segundo especialistas consultados pelo Portal Valor Econômico. As projeções para este ano indicam um desempenho semelhante ao de 2023, com as operadoras de convênio médico enfrentando a necessidade de aplicar reajustes médios de cerca de 25% para alcançar resultados positivos. A recuperação do setor continua atrelada à esperada redução das taxas de juros, especialmente para aliviar o endividamento de hospitais e laboratórios.

Segundo os analistas, o desemprego é um fator crucial, sendo considerado o principal impulsionador das condições do setor privado de saúde. O mercado de saúde no Brasil possui ciclos longos, e a previsão é de mais um ano de ajustes antes de uma recuperação significativa. A dependência do Produto Interno Bruto (PIB) e as condições econômicas continuam a ser determinantes, tornando o ambiente desafiador para fusões e aquisições de grande porte.

Em relação às transações no setor, espera-se um aumento no volume de 10% a 20% neste ano, com uma tendência de concentração de negócios envolvendo startups e clínicas médicas em especialidades como oftalmologia, fertilidade, oncologia e reumatologia. No entanto, as transações envolvendo grandes montantes apresentaram uma desaceleração em 2023, com a venda da Amil sendo a operação mais relevante.

A consolidação do setor é uma tendência esperada, com operadoras de porte menor, com menos de 20 mil usuários, buscando parcerias para enfrentar desafios como a sinistralidade elevada e a inclusão crescente de procedimentos de alto custo nas coberturas obrigatórias, tornando difícil para operadoras com carteiras menores diluir seus custos.

Embora o segundo semestre possa apresentar sinais de melhora, com grupos de maior porte explorando fusões ou vendas de parte de seus negócios para reduzir alavancagem, a incerteza sobre taxas de emprego e usuários de planos de saúde permanece como ponto de atenção em 2024. O desempenho desses indicadores terá impacto direto na recuperação do setor privado de saúde no Brasil.

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