Notícias | 28 de julho de 2004 | Fonte: Gazeta Mercantil

Reclamações contra empresas caíram 37%

As reclamações contra as seguradoras feitas pelos consumidores à Superintendência de Seguros Privados (Susep) caíram 37% nos primeiros cinco meses deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. O resultado é reflexo de uma ampla política da Susep para modernizar e aumentar a transparência ao mercado para dobrar, nos próximos cinco anos, sua participação no Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) – 3%.

Segundo João Marcelo Máximo Ricardo dos Santos, diretor da Susep, a atuação já contribuiu, inclusive, para a redução de custos operacionais, mas o mercado diz que ainda não viu isso acontecer.

Com a redução na quantidade de atos societários que as seguradoras eram obrigadas a publicar pode-se projetar uma economia de cerca de R$ 2 milhões no ano. Para Leôncio Arruda, presidente do sindicato das corretoras do Estado de São Paulo, porém, ainda é muito prematuro falar em redução de custos.

Uma economia que poderia ser visível seria a do custo da apólice. `Ele é muito alto (R$ 60,00) e a Susep ainda não fez nada a respeito`, diz. Outra crítica dos corretores é que o órgão está esquecendo de regularizar coisas que pela norma atual são ilegais. Por exemplo, operar seguradora e corretora ao mesmo tempo. Isso na realidade continua sendo feito pelo menos por um grande banco, reclama o presidente do sindicato.

Corretoras e seguradores, entretanto, acham que o esforço da Susep é válido e que a autoregulação é o caminho, desde que existam regras claras para o setor. Entre as principais medidas tomadas pela Susep, está a racionalização do fluxo de informações.

Santos cita ainda, a ouvidoria, a política de subscrição das empresas, políticas contra fraudes, as normas de controles internos, a racionalização no envio de planos de previdência. Hoje, a seguradora pode ver no site da Susep, o padrão do produto que quer criar, diz.

Na racionalização do fluxo de informações a economia vai ser grande, na opinião de Santos. A correção monetária foi consolidado numa norma só. As circulares estão sendo consolidadas.

A ouvidoria foi importante para a redução das reclamações. Antes o consumidor resolvia quase todas as suas pendências com a Susep. Ficava satisfeito, mas o importante era que ficasse satisfeito com a seguradora e não precisasse recorrer ao órgão, conta Santos.

`O mais importante é saber se a seguradora tem solvência, tem planejamento do que obrigá-la a ficar preenchendo formulários, o que gera muito trabalho, mas sem efeito. Por isso a supervisão do risco é que deve ser o foco principal da supervisão`, enfatiza.

Com um volume de prêmios de R$ 17,54 bilhões ( incluindo o ramo saúde), o mercado segurador cresceu 23,9% nos primeiros cinco meses deste ano em comparação ao mesmo período.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 2)(Lucia Rebouças)

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