Notícias | 4 de fevereiro de 2004 | Fonte: Panorama Brasil

Rastreamento de veículos cresce 35%

Com o aumento da violência e, conseqüentemente, dos roubos e furtos de carros pelo País – de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente na capital paulistana, um automóvel é roubado a cada cinco minutos – o mercado de rastreamento de veículos de passeio vem crescendo a uma média de 35% ao ano. Empresários que atuam nesta área estimam que o setor faturou cerca de R$ 450 milhões em 2003.

Com o desenvolvimento de novas tecnologias mais rápidas e precisas, a expectativa é que este nicho possa girar, em 2004, cerca de R$ 600 milhões no Brasil.

O mercado de rastreamento cresce respaldado por novas tecnologias de telecomunicações – com base em recursos de satélites, GPS (sistema de localização global), antenas de rádio e, também, de sistema wireless (comunicação por redes sem fios, como, por exemplo, às das operadoras de telefonia móvel) – que reduzem o custo desse tipo de serviço.

No entanto, a popularização do rastreamento, segundo Jorge Bau, presidente-executivo da Sascar , acontece por causa da segurança que este tipo de tecnologia passa ao dono do veículo. “Quem utiliza este tipo de serviço, usa mais para recuperar o seu bem – automóvel – ou ser localizado em caso de seqüestro relâmpago”, enfatiza. “Além disso, ao instalar um rastreador, ele pode ganhar descontos no seguro do carro”

Bau, cuja empresa faturou R$ 44 milhões no ano anterior prestando serviços no setor de rastreamento, estima aumentar em 100% o número de carros de passeios que utilizam seu sistema de localização – com base em sistemas de telefonia móvel – em 2004. “Quero aumentar de 15 mil para 30 mil o número de automóveis com meus rastreadores”, diz o empresário, que já prevê dobrar o faturamento este ano para R$ 90 milhões.

Na opinião de Delfim Pinto, diretor-executivo da AriaSat , o que define o ótimo crescimento do setor são as ferramentas que agilizam a localização do automóvel. Caso o carro seja roubado e se ele tiver um sistema de rastreamento, por exemplo, pode ser localizado pela Internet e, também, bloqueado e desligado pela central de apoio, logo após o aviso do proprietário.

De acordo com Delfim, a Ariasat – que oferece seus serviços para donos de carros e motos – conseguiu crescer 20% no ano passado. “Por conta de novos sistemas wireless que compramos, esperamos elevar nosso faturamento em 40%, no mínimo, em 2004”, afirma.

A empresa israelense de segurança de veículos Ituran – há três anos instalada no Brasil – estima faturar neste ano um montante de R$ 50 milhões. “Usamos um sistema de rádio comunicação que bloqueia e faz um mapeamento por onde o carro circulou”, garante Elaine Vilela, diretora de marketing da Ituran.

Segundo a executiva, a empresa – que também tem atuação na área de rastreamento de logística – quer aumentar em 40% a base de clientes de carros de passeios neste ano. “Adotamos um serviço israelense, único no País. Além disso, colocamos no pacote de apoio, para quem contrata o serviço, helicópteros e pessoal treinado para ajudar a polícia na localização do automóvel roubado”, conta.

O mercado é tão promissor que Laércio Soares, diretor da AutoFax Central , adicionou a sua empresa de segurança o nicho de rastreamento de veículos. “Baseado numa pesquisa de mercado, feita em 2001, percebi que o setor está numa expansão muito grande por causa, infelizmente, da violência que aumenta a cada ano”, diz.

O empresário – que investiu cerca de R$ 1,5 milhão no desenvolvimento de um sistema de localização e bloqueio de veículos através de uma rede de telefonia móvel – já instalou mais de 600 rastreadores desde outubro, data que começou a oferecer seus serviços. “Estimo terminar o ano com mais de 9.000 veículos equipados com o meu sistema”, conta.

Fernando Duarte, diretor-técnico da Advance Brasil , acredita que irá crescer entre 80% e 100% este ano por conta de um rastreador portátil que poderá ser usado em carros e pessoas. “Ele será do tamanho de um telefone celular e poderá ser carregado dentro de caixas, mochilas e, também, em locais escondidos nos carros”, explica.

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