Notícias | 30 de abril de 2025 | Fonte: CQCS | Adriane Sacramento

Queda histórica nos roubos de veículos pode baratear seguro auto no Rio

Reprodução: Portal iG

Em março deste ano, o Estado do Rio de Janeiro registrou o menor número de roubos de veículos para o mês desde o início da série histórica, em 1991, segundo dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). A expectativa agora é que as seguradoras reavaliem critérios de aceitação de risco, favorecendo uma possível redução nos preços dos seguros auto, explica o especialista Dorival Alves.

Foram 1.483 casos no terceiro mês do ano, representando uma queda de 38% em relação ao ano anterior. Dados do ISP também apontam redução nos roubos de carga, com 216 ocorrências (-2,3%), e nos homicídios dolosos, que somaram 270 mortes (-3,2%).

De forma geral, o número de crimes em uma região influencia na precificação de soluções de segurança, imóveis, serviços de logística e transporte e seguros, como o auto. Advogado, corretor de seguros, diretor do Sindicato dos Corretores de Seguros no Distrito Federal (Sincor-DF) e delegado representante da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) junto à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Alves explica que a alta taxa de criminalidade tem sido um dos fatores que encarecem os produtos securitários, dificultando a aceitação de propostas e gerando um trabalho desgastante para os corretores. 

“Os atuários das seguradoras baseiam suas análises em dados estatísticos sobre sinistralidade”, comenta o especialista. Com a redução dos índices de criminalidade, especialmente no que diz respeito a furto e roubo de veículos, as empresas terão oportunidade de reavaliar seus critérios de aceitação de risco. “Isso poderá resultar em uma possível redução nos preços dos seguros de automóveis na cidade do Rio de Janeiro”, destaca Alves. 

Há poucos meses, o aumento nos roubos de veículos no Rio elevou significativamente o valor dos seguros em diversas regiões. Em áreas como São Gonçalo e Duque de Caxias, a cotação de modelos populares custava até quatro vezes mais do que na Zona Sul.

Para os corretores de seguros, o advogado vislumbra novas oportunidades com o seguro auto: “A nova realidade pode contribuir para um clima comercial mais aberto, onde as exigências se tornem menos rigorosas e o acesso a seguros, mais fácil”, diz. “Vamos torcer para que essa tendência de queda se mantenha e que o Rio de Janeiro possa, finalmente, vivenciar um ambiente mais seguro e favorável para todos”, finaliza.

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