Notícias | 27 de março de 2008 | Fonte: Gazeta Mercantil

Prudential aposta em apólice resgatável

A Prudential do Brasil, subsidiária de uma das maiores companhias de serviços financeiros dos Estados Unidos, vem obtendo sucesso no País com a venda do seguro de vida conhecido como “Dotal”. Os técnicos costumam dizer que este sim é um seguro de vida e não de morte, pois em caso de sobrevivência o titular recebe o capital acumulado de volta, enquanto nas apólices tradicionais de vida o pagamento só é feito em caso de morte.

“Este tipo de seguro é indicado para quem tem planos de longo prazo, como custear despesas com educação ou qualquer outro projeto futuro”, diz Willian Alan Yates, presidente da Prudential do Brasil. O exemplo mais típico é a educação. Um pai que quer garantir o pagamento da faculdade faz o seguro pelo período em que o filho atingir a idade do curso e com contribuições necessárias para atingir o valor alvo. Caso o pai sobreviva até o final do contrato, recebe o capital segurado no fim do contrato. Se faltar no meio do caminho, a seguradora paga aos beneficiários o capital contratado.

Os produtos de previdência, conhecidos como PGBL e VGBL, também são vendidos com o apelo educacional e projetos de longo prazo. No entanto, caso o titular morra, o beneficiário recebe apenas o valor acumulado e não um capital contratado, como o dotal. “Se a pessoa morrer no dia seguinte, no dotal leva o capital total. Já na previdência apenas o que acumulou. São propósitos diferentes”, reforça Yates.

A Prudential atua praticamente sozinha neste produto. O dotal foi lançado em julho de 2007. Cerca de 64% dos clientes que compram o dotal têm um ou mais seguros com a seguradora. “Antes de ofertar o produto, o consultor financeiro faz um raio “x” financeiro do cliente, quanto ele tem de receita, quanto gasta, seus ativos e passivos, e a lista dos projetos futuros. Dependendo do caso, o dotal é indicado”. Em cinco meses e meio, 8% de todos os novos negócios da companhia em 2007, com compradores com idade média de 32 anos.

Nos EUA, sede da Prudential que administra US$ 648 bilhões de ativos, o produto é raramente vendido em função das leis tributárias vigentes desde 1984, tornando outros planos mais atrativos. No Japão, há o dotal tradicional como o vendido no Brasil, Argentina e México, como os que oferecem rentabilidade acima da garantida ou vinculados ao dólar. O dotal tradicional representa 5,5% das apólices de todo o mercado japonês, um país com uma taxa de juros baixa e grande variedade de produtos. No México, o dotal representa 29,5% das apólices individuais. Na Argentina, o produto é pouco expressivo, assim como outros seguros de vida tradicionais. Taiwan, Coréia, Polônia e Itália também comercializam o produto.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 2)(Denise Bueno)

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