Blindar um carro pode ser boa alternativa de proteção contra assaltantes e seqüestradores. Em compensação, o bolso do consumidor sofre na hora de pagar o seguro. Em alguns casos, o valor cobrado pela seguradora pela apólice de um veículo blindado pode até dobrar em relação a um modelo sem a proteção.
Por exemplo, o prêmio do seguro de um Astra Sedã ano 2003, que custa cerca de R$ 40 mil, sobe de R$ 2.357 para R$ 4.299, se for blindado. No caso de uma picape Fiat Strada, um dos modelos preferidos dos jovens para blindar, o prêmio passa de R$ 2.500 para R$ 4.500.
Mas não é só valor total do carro que regula o preço do seguro. O custo do reparo de uma porta blindada ou de um vidro especial que foi avariado pesa muito no cálculo do prêmio. Segundo o diretor de Personal Lines da Chubb Seguros, Sidney Munhoz, a taxação pelo risco de acidente pode ser 50% mais cara em um blindado, já que a manutenção sairá mais cara.
Em parte, isso é compensado com o risco de roubo, que é 30% menor “De um lado a blindagem reduz o risco de roubo. De outro, aumenta o custo do reparo no caso de uma colisão no trânsito”, diz Munhoz.
O mercado de seguro de blindados começou a registrar forte crescimento em 2001. Na Citibank Corretora, o seguro para esse tipo de carro já responde por 10% do faturamento. Até o ano passado, a empresa fechava 15 apólices por mês.
Em 2003, esse número subiu para 40.
O aumento da demanda obrigou as seguradoras a alterar o tratamento dado ao seguro de blindados. Segundo Anderson Tonhato, da Stremo Assessoria e Corretagem de Seguros, o seguro da blindagem e o do automóvel eram vistos como coberturas separadas. Agora, quem decide é o cliente. Se não quiser pagar pelo seguro da blindagem, pode contratar só o valor do automóvel. “Mas isso não é muito comum”, afirma a superintendente de Personal Lines da Unibanco AIG, Maria Fernanda Fernandes.
Por estar mais protegido, seria possível imaginar que o dono do blindado pudesse pagar prêmio, proporcionalmente, mais baixo. Entretanto, o desconto extra dado pelas seguradoras para segurados que investem na colocação de acessórios de segurança, como rastreadores, alarmes e dispositivos antifurto, não se repete.
“No caso do blindado, supõe-se que a pessoa possui um risco maior ou pode se considerar um alvo mais fácil para um criminoso”, diz Mário Gasparini, da Interface Corretora de Seguros.
Proteção extra pode duplicar valor do seguro
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