Os promotores públicos Eder Segura e Levy Emanuel Magno, que integram o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado em São Paulo, defenderam, durante audiência pública realizada anteontem, na “CPI do Desmanche” da Câmara dos deputados, que seja feita uma identificação mais adequada em peças dos veículos por parte das montadoras. Segundo eles, esse é um dos principais problemas que dificultam as autoridades no combate ao desmanche de carros e ao comércio de peças roubadas. Essa proposta tem sido defendida também por lideranças do setor de seguros.
Eles sugeriram ainda a edição de uma lei que exija das montadoras que possam identificar pelo menos algumas peças do carro para formar um circuito que dificulte a criminalidade. Os promotores também ressaltaram a necessidade de uma ação de vigilância junto à fronteira do Paraguai.
Outra sugestão apontada foi o aumento da pena para o crime de desmanche, que é no máximo de três anos de detenção. A vice-presidente da CPI, deputada Mariângela Duarte (PT-SP), explicou que a comissão pretende alterar o Código Penal para elevar para quatro anos as penas para esse tipo crime.
Mariângela Duarte defende maior integração entre as autoridades, como Polícia, Promotoria e os Detrans para dificultar a ação dos desmanches ilegais.
A próxima audiência da CPMI do Desmanche está marcada para a próxima terça-feira, dia 15, quando serão ouvidos representantes das seguradoras.