Até o momento, shows no Brasil seguem adiados e ingressos serão honrados
O processo do Metallica contra a seguradora Lloyd’s Of London por supostamente não cobrir os prejuízos causados pelo adiamento da turnê na América Latina foi aceito pelo tribunal de Los Angeles.
A ação judicial foi aberta em junho, quando Metallica alegou que a apólice padrão da seguradora sobre “seguro de cancelamento, abandono e não comparecimento” não foi cumprida. Segundo informações do site especializado Business Insurance, existe uma cláusula de exclusão de incidentes relacionados a vírus na cobertura contratada pela banda, mas o tribunal deu parecer favorável às reclamações do grupo e o processo foi aceito.
Para a seguradora, não existe cobertura nesse caso porque o cancelamento das datas foi realizado em decorrência da pandemia, ou seja, por um evento relacionado a um vírus. Portanto, a defesa afirma que não será possível reembolsar a banda.
Do outro lado, o advogado do Metallica argumenta que as datas foram canceladas por uma série de circunstâncias, como restrições de viagens e ordens de isolamento governamentais. “Não é possível dizer de forma conclusiva que a pandemia é a causa próxima eficiente dos cancelamentos porque há outras causas adequadamente alegadas que são cobertas pela apólice”, afirma o processo.
Entre os shows pela América do Sul, Metallica passaria por quatro cidades brasileiras – Porto Alegre, Curitiba, São Paulo e Belo Horizonte. Os eventos sofreram adiamentos e seguem sem novas datas até o momento.
Apesar do processo citar o cancelamento da turnê, não existe comunicado de cancelamento dos shows por parte da organização dos eventos no Brasil, um,a vez que a banda aguarda autorização governamental para remarcar as datas, conforme anunciado no site da Eventim. Os ingressos serão honrados nas novas datas.
Nesse caso, o termo “cancelado” refere-se juridicamente às datas que foram adiadas (na prática, canceladas) e não implica que a banda deixará de vir ao país com a WorldWired Tour em um futuro próximo.