Notícias | 9 de abril de 2024 | Fonte: CQCS l Manuella Cavalcanti

Procedimento de spa resulta em queimadura para modelo e desperta importância do seguro 

No dia 5 de março, a empresária e modelo Vitória Pigatto teve o pé queimado em um salão de beleza após fazer o procedimento conhecido como “spa dos pés”. As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de São Paulo e reforçam a necessidade da contratação de apólices de seguro para estabelecimentos, como salões de beleza, e profissionais autônomos. Em entrevista ao CQCS, Caio Henrique Cones, diretor da WA Seguros, comentou sobre o caso. 

O especialista em seguros explicou que dois produtos poderiam ser acionados. O primeiro deles é o seguro de Responsabilidade Civil Profissional, que cobre o profissional liberal no exercício da função, em casos de falhas, erros, omissões, negligências, imperícias e imprudências durante a prestação do exercício. “Nesse caso, o que vai contra essa profissional é porque [a profissional] não tinha uma certificação para exercer determinada função. E também há um erro na venda do produto, que demonstra um erro de conhecimento técnico”, explicou ele. Isso porque, segundo informações do jornal Folha de São Paulo, o procedimento foi realizado de forma errada. 

Caio explicou que, dependendo do clausulado, mas, a princípio, com as informações disponíveis na matéria jornalística, uma seguradora pagaria indenização: “Seria indenizado como dano corporal, que pode variar de acordo com o julgamento do juiz, as sequelas e até mesmo as perdas das clientes”. 

Além disso, ainda de acordo com a reportagem, para o procedimento, o uso de amaciantes para os pés não é indicado. “Se essa profissional fosse julgada, condenada a indenizar a cliente por uma falha profissional, provavelmente, a seguradora não pagaria, por não haver uma certificação, um conhecimento técnico, para isso”, acrescentou. 

O diretor da WA Seguros também destacou outro produto: o seguro de Responsabilidade Civil Geral e Produto, que serve para amparar falhas no produto. “Uma falha na confecção do produto, uma contaminação do produto. Então, no processo de fabricação, o produto saiu desbalanceado nos seus componentes e isso foi a causa dele ter gerado uma alergia, uma queimadura ou um dano para uma pessoa”, explicou Caio. “Esse seguro iria amparar não só os danos materiais, corporais, como também existe uma cobertura complementar, que é o que a gente chama de recall, que faz a retirada desse produto no mercado, vai permitir que a fabricante do produto possa substituí-los nas prateleiras”, complementou.

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