Atingidos em cheio pelo foco das empresas do setor centrado nas vendas do VGBL e do PGBL, os planos tradicionais de previdência aberta vêm perdendo espaços em ritmo acelerado. Segundo dados da Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp), de janeiro a julho, a receita apurada naquela modalidade, na qual é maior a participação do corretor de seguros, somou R$ 1,7 bilhão, com queda de 16,6% na comparação com o mesmo período de 2005. A participação dos planos tradicionais no volume de novas contribuições já eqüivale a apenas 15% do total: “a queda na captação dos planos tradicionais tem sido uma tendência decorrente da migração de clientes para os produtos PGBL, que oferecem opções variadas de perfis de riscos”, confirma o presidente da Anapp, Osvaldo do Nascimento.
Segundo a entidade, o volume de novas contribuições que ingressaram no sistema chegou a R$ 11,7 bilhões no acumulado entre janeiro e julho, com expansão de 20,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse valor já representa 60% dos recursos captados em todo o ano passado (R$ 19,5 bilhões). Diante desses números, o presidente da Anapp afirma que o setor deverá ultrapassar a barreira dos R$ 100 bilhões de receita anual até o início de 2007: “será um grande marco para o segmento”, prevê.
O VGBL, mais uma vez, liderou a captação, com receita acumulada de R$ 7,5 bilhões, 41,4% a mais do que nos sete primeiros meses do exercício passado. Com isso, o produto já responde por 64% do volume de novos depósitos que ingressaram no sistema no período.
Com as vendas do PGBL, as empresas do setor captaram, no período, R$ 2,4 bilhões, alta de 7,8% na comparação com o acumulado de janeiro a julho de 2005. A fatia correspondente a esse produto chegou a 21% do total de contribuições.
Em relação às empresas que operam no ramo, a Bradesco Vida e Previdência lidera o ranking de captação, com 38% das contribuições apuradas até julho; seguida pela Itaú Vida e Previdência (18%), Brasilprev (12%), Unibanco (8%), Caixa Vida e Previdência (7%), HSBC (4%), Real Tókio Marine (3%), Santander (3%), Icatu Hartford (2%) e Capemi (1%). As demais seguradoras somam 4% do total de novas contribuições.