O setor de previdência aberta registrou, no primeiro semestre, a maior captação líquida (receita menos resgates) da série histórica iniciada em 2011, considerando os seis primeiros meses de cada ano. “Os números demonstram a relevância desses produtos para as famílias brasileiras. É resultado do aumento da arrecadação, bem como da queda dos resgates. Há um forte indicativo da maior conscientização da população em relação à importância da proteção financeira proporcionada pelos planos previdenciários”, comemorou o presidente da (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Edson Franco.
De acordo com a Federação, a captação líquida atingiu a marca de R$ 30,1 bilhões no acumulado de janeiro a junho.
Outro ponto destacado por Edson Franco foi que quase a totalidade dos mais de 14 milhões de planos de previdência privada contratados no Brasil (99,5%) está em fase de acumulação, que representa o período de construção da poupança de longo prazo.
Na visão dele, esse cenário evidencia o quão jovem é o setor e demonstra o enorme potencial de expansão do mercado de previdência privada no Brasil. “É necessário, no entanto, ampliar a conscientização da população em relação à importância do planejamento previdenciário, que se torna ainda mais relevante no cenário de envelhecimento da população e aumento da longevidade”, alertou o presidente da FenaPrevi.
O levantamento aponta também que o segmento manteve um forte ritmo de crescimento na primeira metade de 2024, encerrando o período com alta de 23,1% na receita, em comparação com o mesmo intervalo de 2023. Em valores, os planos arrecadaram R$ 95,3 bilhões em prêmios e contribuições.
Já os resgates tiveram queda de 1,3% no semestre, somando R$ 65,2 bilhões.
Em ativos, a poupança previdenciária dos participantes desses planos ultrapassou o patamar de R$ 1,5 trilhão, o que representa, aproximadamente, 13,3% do PIB brasileiro.