Notícias | 30 de julho de 2004 | Fonte: Diário de Natal

Preço varia conforme o freguês

Modelo e marca do veículo, assim como perfil do motorista, interferem no valor da cobertura. Donos de veículos com maior risco de sinistro chegam a pagar até 35% mais em Minas Gerais

Eduardo Rocha / RR

Por causa do alto risco de roubo, a picape Chevrolet S10 tem seguro mais caro
Antes de investir na compra de um veículo usado ou 0 km, o motorista deve procurar saber quanto irá gastar com o seguro. É importante estar atento para o fato de que nem sempre a melhor opção é o modelo mais barato. De acordo com levantamento feito pela Seguradora SulAmérica, o roubo/furto de veículos torna o seguro 35% mais caro em Minas Gerais.

Júlio César Soares, da Zauza Corretora de Seguros, concorda com os dados da seguradora e acrescenta que `os carros de passeio mais populares como o Uno e o Palio têm seus seguros mais caros` por esse motivo. Para um cliente jovem e solteiro (perfil considerado de risco pelas seguradoras) que vai fazer o seguro de um Uno Mille, ano 2000, pela primeira vez, o preço da Porto Seguro Seguradora é de R$3.549, cerca de um terço do valor do veículo.

O risco de sinistro também faz com que algumas seguradoras se recusem a fazer o négocio. Por exemplo, a Seguradora SulAmérica não faz o primeiro seguro da caminhonete S10 2.2 e da motocicleta CG Titan 125, pois são modelos visados por ladrões. De acordo com dados da Delegacia de Repreensão a Furtos e Roubos de Veículos, dos 1138 veículos roubados e furtados no mês de junho em Belo Horizonte, 123 eram caminhonetes. Já as motocicletas seguem em terceiro lugar nesse ranking, e as preferidas são as de 125 cm³ de cilindrada.

A marca mais procurada pelos assaltantes é a Fiat, seguida da Volkswagen, da General Motors e da Honda. No caso de furto ou arrombamento, os veículos preferidos são os populares pela facilidade de abri-los. Já os carros de passeio mais novos e potentes estão na mira do roubo (assalto com arma), pois facilitam a fuga do assaltante.

Segundo o diretor de automóvel e assuntos institucionais da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg) Ricardo Xavier, o seguro veicular está cada vez mais adequado ao risco a que o veículo está exposto e o preço é o mais justo possível. `O seguro é formado por uma combinação de fatores como região onde o carro ?roda?, perfil do usuário, nível de exposição a roubo, etc. Atualmente, o seguro está mais vantajoso para o motorista que paga pelo preço do seu risco, do seu perfil`.

CG Titan 125 é a motocicleta mais visada em Belo Horizonte

PERFIL

Além da idade, do sexo e da situação conjugal, pesam no cálculo do seguro o local onde mora o segurado, o modo de utilização do veículo (para lazer ou para trabalho), escolaridade, demais usuários do veículo, quilometragem média percorrida por dia e equipamentos de segurança instalados. A falta de experiência no volante também é um fator que ajuda a encarecer o seguro. Teoricamente, mais tempo de habilitação possui maior segurança na direção correspondem a menos chance de se envolver em acidentes.

A diferença de preço também se dá pelo que as seguradoras chamam de perfil. O custo do serviço varia dependendo de quem faz o contrato. Um jovem de 20 anos, solteiro, paga praticamente o dobro que um homem de 40 anos, casado. Assim como o sexo feminino, o fato do motorista ser casado e ter filhos agrada às seguradoras, pois são considerados mais responsáveis e menos vulneráveis ao sinistro.

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