A Porto Seguro iniciou neste mês a venda de rastreadores para veículos de passeio por meio da empresa de alarmes e de monitoramento do grupo. “Clientes e corretores nos ligavam para comprar o equipamento que só instalávamos gratuitamente em carros onde o índice de roubo é alto. Se há uma onda por que não surfar”, disse José Luis S.Ferreira da Silva, diretor da empresa de proteção e monitoramento.
Segundo ele, na primeira se-mana foram vendidos 120 aparelhos. A meta é comercializar 10 mil unidades até o final do ano. O equipamento da Porto custa RS 850 e mensalidade RS 45. 0 cliente pode optar pelo comodato, por RS 89 por mês. Segurados Porto tem desconto nesses valores. O foco é atender os clientes dos corretores. Geralmente são pessoas que querem ter o rastreador para ter a certeza de que terão o carro de volta. O produto também serve para carros de coleção ou mesmo para carros com mais de 10 anos de uso, com preço de seguro elevado. Também pode ser comprado por clientes que querem vigiar alguém, seja esposa, marido ou filhos.
O cliente pode contratar ser-viços adicionais de informações, como velocidade e traje-to. Se o motorista ultrapassar uma determinada velocidade pré-estabelecida, o celular cadastrado no sistema recebe um SMS (torpedo). O mesmo acontece se o carro sair de um perímetro pré-estabelecido.
A Porto é a primeira seguradora a invadir o mercado das empresas de rastreadores. “Não abrimos mão de um serviço que envolve o contato com o nosso cliente, por isso optamos por desenvolver internamente”, disse Silva, que não acredita que o rastreador é um concorrente do seguro.
A Porto vende há três anos rastreadores e faz o monitora-mento de cargas. A iniciativa foi tomada naquela época para viabilizar o seguro transporte. Enquanto o ramo de transporte girava prêmios de RS 3 bilhões por ano, a rede de rastreamento e monitoramento de cargas faturava o dobro. “Foi um bom negócio para a companhia”,disse o executivo. Agora a mesma base de atendimento dada aos caminhões será disponibilizada aos automóveis.