Acompanhando a forte valorização do dólar, os planos de previdência que seguem a variação cambial continuam a liderar os ganhos do mercado no mês. Sua rentabilidade no período (até o dia 23) chegou a 7,38%, pelas contas da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). Nos últimos 30 dias, o ganho é de 7,59%. As demais categorias de planos de previdência privada apresentam ganhos muito mais modestos ou exibem rentabilidade negativa, dependendo do seu benchmark.
Os planos de previdência multimercados com renda variável registram rentabilidade negativa de 1,95% no mês e de 1,64% nos últimos 30 dias. Aqueles que acompanham a variação dos juros, como o Referenciado DI e renda fixa, mantêm-se no terreno positivo. O primeiro exibe rentabilidade de 0,74% no mês e de 0,96% em 30 dias; o segundo tem ganho de 0,65% e de 0,86%, respectivamente. Com o quadro de volatilidade dos mercados globais, os chamados fundos de previdência renda fixa médio e alto risco apresentam ganhos ligeiramente maiores. No mês, sobem 0,93% e em 30 dias 1,17%. Esta categoria é a que apresenta a melhor performance nos últimos 360 dias: valorização de 11,52%, seguida pela previdência que segue a renda fixa, com 11,01%.
Mantido o atual grau de estresse, a perspectiva é de que a previdência atrelada ao dólar ainda amplie os ganhos a curto prazo. Hoje, por exemplo, o dólar chegou a ter alta de 4% pela manhã, cotado aos R$ 1,9270, mas este movimento perde um pouco da força agora à tarde, quando a moeda americana para venda é negociada a R$ 1,9160 (ganho de 3,34%). E, a princípio, tendo em vista a pesquisa semanal do Banco Central divulgada hoje, a previsão é de acomodação do dólar. Segundo analistas de mercado consultados pelo Banco Central, a moeda americana deve fechar o ano em R$ 1,70. Como a previsão dos analistas é de alta da Taxa Selic, que deve fechar em 14,75%, os planos de previdência que seguem a movimentação dos juros devem ter mais algum ganho até dezembro.