Foi lançado agora há pouco, em São Paulo, a proposta de plano setorial elaborada pelo Sincor-SP, com base nas respostas dos corretores de seguros paulistas a um questionário formulado para identificar problemas e prioridades. O trabalho servirá de guia para as ações do Sindicato.
Segundo a diretoria do Sincor, o trabalho não está “fechado”, pois a pretensão é a de se colher novas sugestões e ponderações dos corretores.
As principais reivindicações apresentadas pelos corretores foram, pela ordem: redução da carga tributária; fim do enquadramento da corretora como empresa financeira; repressão aos profissionais não habilitados; condições iguais para todos os canais de distribuição; fim da venda casada; e punição para corretores que alugam o seu registro.
Outras questões discutidas no processo de elaboração do plano foram a exclusão dos corretores de vários tipos de seguros e o fato de a oferta de profissionais vir se expandindo bem mais rapidamente do que a capacidade do mercado em acomodá-los com a mesma valorização do passado.
O trabalho foi desenvolvido sob a coordenação do economista Roberto Macedo, que, no início da década de 90, já havia sido responsável pela edição do Plano Diretor do Mercado de Seguros, no Governo de Fernando Collor de Mello. Na época, Roberto Macedo era secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.
Aliás, a idéia de se apresentar um novo Plano Diretor voltou a circular hoje, durante o evento em São Paulo. Na sua palestra, na qual fez questão de elogiar o trabalho desenvolvido pelo Sincor-SP, o presidente da Fenacor, Armando Vergilio dos Santos Junior, sugeriu que se utilize a proposta paulista como base de um projeto ainda mais amplo, que resultaria no Plano Diretor: “a Funenseg pode coordenador esse trabalho, pois representa todos os segmentos do mercado”, propôs.
Segundo ele, esse plano deve conter minutas de projetos de lei e de outros marcos regulatórios visando à modernização do mercado de seguros no Brasil.