Notícias | 14 de janeiro de 2010 | Fonte: Infomoney

Plano odontológico deve ter alto reajuste em 2011

Planos odontológicos devem sofrer um grande reajuste no próximo ano, segundo previsão do Sinog (Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo). O motivo para isso foi a ampliação do rol de procedimentos obrigatórios a esses planos, divulgada nesta terça-feira (12) pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e que passa a valer em 7 de junho.

“Nós sempre defendemos um rol mínimo de procedimentos para as necessidades básicas. O que nos preocupa, desta vez, é que já temos um rol que atente a população, principalmente das classes C e D”, afirmou o presidente do Sinog, Carlos Roberto Squillaci.

De acordo com ele, os procedimentos a serem incluídos são caros, com custo mínimo de R$ 200, o que deve gerar uma grande despesa para as operadoras neste ano. Como consequência, os beneficiários terão de arcar com um reajuste maior no próximo ano. “Estamos contratando uma empresa para ver qual vai ser o impacto disso”.

Acesso aos planos
Nos últimos oito anos, a assistência odontológica privada no Brasil mais do que triplicou, registrando crescimento de 250%. O número equivale a mais de 11 milhões de beneficiários e pode aumentar ainda mais em 2010, segundo previsões da Escola Nacional de Seguros.

Mas, de acordo com Squilacci, a ampliação do rol de procedimentos pode prejudicar o setor e abrirá um grande abismo entre aqueles que efetivamente precisam de um plano que lhes garanta uma assistência odontológica mínima e acessível daqueles que efetivamente precisam de outros procedimentos e podem pagar por eles.

Em sua opinião, os procedimentos deveriam ser incluídos ao longo dos anos, de acordo com a necessidade do beneficiário.

Procedimentos
Entre as coberturas incluídas nos planos odontológicos, estão colocação de coroa unitária e bloco. Para o presidente da ABCD (Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentista), Luciano Antioli Moreira, as operadoras já oferecem planos que possuem esta cobertura, mas não de maneira obrigatória.

“Aquelas pessoas que querem comprar um plano que tenha prótese pagarão por ele um valor diferenciado daquele que não dá este nível de cobertura. Isso faz com que os planos que não dão esta cobertura sejam, obviamente, mais acessíveis à população. Já a obrigatoriedade retira, de certa forma, o direito da população de ser atendida”, afirmou.

“Verifica-se, portanto, uma situação distinta entre criar a possibilidade de um indivíduo ter aquele acesso e a outra, que é obrigá-lo a pagar por aquele acesso cujos procedimentos ele poderá não utilizar”, afirmou.

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