Notícias | 25 de agosto de 2003 | Fonte: Jornal do Commercio

Plano de resseguro dá suporte a fornecedores da Petrobras

O IRB-Brasil Re desenvolveu junto com seis seguradoras brasileiras um plano de cobertura para garantir o cumprimento das obrigações contratuais assumidas pelas empresas prestadoras de serviços ou fornecedoras de bens à Petrobras.
As novas condições do contrato de seguros e resseguro, no campo da garantia, têm o propósito, além de alargar os negócios do mercado segurador, de oferecer mais competitividade às empresas nacionais que trabalham com a estatal brasileira de petróleo, já que o seguro é um item importante no processo, inclusive de custo. Para o gerente comercial do IRB-Brasil Re no Rio de Janeiro, Sérgio Leite Santiago, não há dúvida de que o seguro de garantia ajudará a aumentar o índice de nacionalização dos parceiros da Petrobras.
“Atualmente, cerca de 70% das fornecedoras e prestadoras de serviços da Petrobras são estrangeiras, apenas 30% nacionais”, diz, sustentando que um dos motivos mais importantes é que as multinacionais têm melhores condições financeiras de garantir o cumprimento dos contratos.Segundo ele, além de ampliar a competitividade dos grupos brasileiros, a nova cobertura vai também permitir a geração de empregos. Para a Petrobras, a vantagem principal será a progressiva queda dos preços dos serviços contratados.
Sérgio Santiago revela que as seguradoras envolvidas no projeto são as que têm maior participação no ramo garantia: J. Malucelli, UBF, QBE, Sul América, Áurea e Santos.
A primeira operação deve ser fechada já na próxima semana e terá como líder do contrato a UBF.A expectativa inicial é a de que o seguro de garantia contratual venha a produzir faturamento da ordem de R$ 45 milhões em dois anos, o equivalente a 27,8% da receita gerada pelo mercado no ramo em 2002, que foi de R$ 161,9 milhões. “Hoje, cerca de 13 mil empresas prestam serviços ou são fornecedoras da Petrobrás.
Esperamos que pelo menos três mil delas utilizem o seguro a médio prazo”, assina Sérgio Santiago. Sérgio Santiago revela que o custo médio do seguro está perto de 1,5% da importância segurada contratada na apólice, que, nessa área, é estimada em aproximadamente R$ 1 milhão, em cada operação.
Neste caso, o preço do seguro sairá por R$ 15 mil. Os últimos dados da Susep mostram que o mercado faturou nas diversas modalidades do ramo de garantia R$ 57 milhões, na primeira metade do ano, 17,7% a menos do nos seis primeiros meses de 2002.
Com a atividade petrolífera, no mesmo período, o faturamento chegou a R$ 95,6 milhões e cresceu 43,8%.

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