Notícias | 27 de setembro de 2023 | Fonte: CQCS

Pesquisa indica que faltam recursos para evitar ataques cibernéticos

O quarto e último painel da Fides Rio 2023 discutiu, na tarde desta terça-feira (26), a importância da segurança cibernética na mitigação de riscos no mercado de seguros. No debate, o professor de Direito da Universidade da Califórnia (EUA), Shauhin Talesh, que coordena vários estudos sobre o tema, alertou que as empresas não estão dedicando tempo e dinheiro necessários para fazer uma mudança comportamental para evitar ataques. “Fizemos uma pesquisa no mercado de seguros dos EUA sobre riscos cibernéticos. Ainda há muita insegurança na área de seguros cibernéticos nas empresas. Os ataques evoluem e se modificam de forma constante”, frisou.

Ele acrescentou que é preciso haver “um trabalho coletivo” de governos e o setor privado nessa busca pelo controle de risco.

Nesse contexto, o CEO da BOXX Insurance (EUA), Hilario Itriagom, conclamou corretores, seguradoras e gestores de riscos a conversarem na tentativa de se criar uma estrutura adequada de proteção cibernética. “Os ataques acontecem em todo o mundo, a todo o momento, e é preciso ter uma estrutura para lidar com essas ocorrências”, advertiu.

Já o presidente do Conselho da Junto Seguros, Leonardo Deeke Boguszewsk, revelou que, na maioria dos casos, os ataques dos hackers são possibilitados por erro humano. “Então, é preciso preparar as equipes para minimizar as chances desses ataques acontecerem. Quando mais preparados os colaboradores melhores serão as práticas diárias no combate aos ataques”, sugeriu o executivo.

Ele citou o exemplo da própria Junto, cujas operações de venda de seguros e atendimento aos clientes se tornaram prioritariamente digitais. Com isso, a seguradora ficou mais exposta aos riscos cibernéticos. Para minimizar riscos, a empresa decidiu intensificar a troca de conhecimento entre as áreas de negócios e de tecnologia. “Empoderamos as pessoas que tomam decisões com plena liberdade. Mas, precisam conhecer o risco”, pontuou.

Por sua vez, o diretor da Fitch Ratings (EUA), Gerald Glombicki, sublinhou que qualquer pessoa está sujeito a um ataque, pois “qualquer coisa conectada à internet pode ser hackeada”. Segundo ele, há três motivações para esses ataques de hackers. “Uns fazem por dinheiro. Outros, para ganhar credibilidade. E há quem faça para provocar o caos. Este último é o que causa os maiores danos”, salientou.

Por fim, o ministro do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ricardo Villas Bôas Cueva, lembrou que esse tribunal foi alvo de um “ataque violento”, provocado involuntariamente por um funcionário que acessou a rede de casa, permitindo a invasão.

Ele elogiou a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) por estabelecer medidas que estimulam o cuidado nas empresas com as boas práticas de segurança da informação.

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