Pesquisa desenha o perfil do comprador de produtos de seguros

O mercado de seguros do Rio saiu na frente e concluiu a primeira pesquisa sobre o perfil de seu consumidor. Realizado a pedido do Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro (Serj), o estudo, de 80 páginas, detalha as motivações de compra e os fatores que inibem a demanda de seguros ao mesmo tempo. No primeiro caso, os fatores que, por ordem, têm maior peso na decisão de compra de proteção são o preço da apólice (segundo 23% dos entrevistados), a influência dos bancos (17%); a inclusão deste benefício na política de RH das empresas (17%) e a solidez da seguradora (16%). O corretor de seguros, um dos principais canais de distribuição, aparece como o quinto principal motivador da venda.
Em contrapartida, o trabalho, que consultou um total de 800 pessoas (a metade segurada), constatou também que o desinteresse (46%) ou a falta de dinheiro (39%) estão entre as razões mais importantes que emperram a demanda entre os consumidores cariocas. A pesquisa, feita por telefone, tem um grau de confiança de 93%, com margem de erro de 10%. Uma curiosidade é que cerca de 20% dos, em média, segurados cariocas desconhecem a companhia que lhes dá coberturas. Mas essa faixa pode ser maior, dependendo do ramo. No caso do seguro residencial, pode atingir 26%, decaindo para 22% no seguro-Saúde ou para 20%, no ramo Vida.
Por faixa de renda, constatou-se que os consumidores com rendimentos entre R$ 2 mil e R$ 4 mil são os que demandam mais seguros (24,3%).
A pesquisa do Serj foi coordenada pelo consultor Francisco Galiza, com apoio do Instituto de Pesquisa Grifo Research, e será encaminhada às seguradoras para estabelecer as correções de rumo na política comercial, visando-a adequá-la ao perfil do consumidor do estado, explicou o presidente do Sindicato das Seguradoras, Oswaldo Mário.
Segundo ele, o Serj vai patrocinar um segundo estudo ainda este ano- desta vez sobre o potencial econômico de cada município fluminense–, para completar o ciclo de informações estratégicas para a expansão do mercado fluminense.
(Finanças & Mercados/Página B4)(Vagner Ricardo)