Mais do que ter previdência, é preciso ser previdente. Com este discurso, as seguradoras têm conseguido conscientizar cada vez mais os clientes sobre a importância da cobertura de risco proporcionada pelo seguro de vida acoplado ao plano de previdência. Os produtos oferecidos pelo mercado são alternativas para que o objetivo de proteção à família seja atendido em caso de falta do participante.
A maioria das pessoas procura um seguro de sobrevivência antes de procurar um seguro de vida, mas deveria ser o contrário. Quase sempre, esse trabalho de educação, mostrando que as pessoas têm que pensar no futuro, precisa ser feito pela empresa conta o vice-presidente de Vida e Previdência da SulAmérica Seguros, Renato Russo.
Para quem fica na dúvida entre contratar um seguro de vida ou um plano de previdência, especialistas dizem que as modalidades devem ser complementares, nunca excludentes.
A previdência equivale a uma poupança de longo prazo, enquanto o seguro de vida funciona como cobertura de risco.
Previdência e seguro de vida se completam. No início da contribuição, o seguro de vida é muito importante para garantir uma proteção completa à família do beneficiário. Os produtos variam de acordo com a idade, o valor do capital segurado e as formas de seguro que se deseja ter explica o diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência, Marco Antonio Rossi.
Ele ressalta que uma das evidências da importância do seguro de vida foi a recente transformação da Associação Nacional de Previdência Privada (Anapp) em Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). Segundo Rossi, em todo o mundo previdência privada e seguro de vida são discutidos conjuntamente.
O diretor executivo da Itaú Seguros, Osvaldo Nascimento, também classifica o seguro de vida como complementação ao plano de previdência no período em que a poupança ainda está sendo formada. Ele afirma que a seguradora tem ampliado o trabalho de divulgação da necessidade da cobertura do risco. Segundo Nascimento, 30% dos clientes de previdência do Itaú contrataram algum tipo de cobertura de risco no ato da adesão ao plano.
Para nós, é importante que o cliente que compra previdência tenha alguma garantia, mesmo que seja contratada depois. É o que assegura que os dependentes vão receber o capital acumulado em caso de falta do participante acrescenta o executivo.
No Bradesco, o percentual de clientes de previdência que optam por alguma cobertura de risco está crescendo e hoje representa 40%. Segundo Rossi, além de um maior trabalho de divulgação dos produtos de Vida da instituição, o aumento da violência também tem influenciado este comportamento.
Todo o mundo está exposto a fatores de risco, mas no início da vida essa cobertura é mais importante para garantir uma proteção completa, já que o capital acumulado tende a ser ainda pequeno observa Rossi.
Russo, da SulAmérica, lembra que os prêmios pagos para a contratação de seguros de vida acoplados aos planos de previdência são pequenos diante do valor assegurado aos dependentes. No entanto, o executivo afirma que os clientes costumam não optar pela cobertura de risco por desconhecer essa informação.
Muitos, quando ouvem falar em prêmios, acham que os valores cobrados pela cobertura de risco são altos.
Mas quando conhecem as informações corretas e o benefício proporcionado pelo produto, acabam mudando de idéia diz Russo.
Entre as coberturas de risco mais comuns está o pecúlio, que garante pagamento de um capital aos beneficiários, livremente indicados pelo participante na adesão ao plano de previdência em caso de morte do participante. Mas o mercado também oferece, entre outros produtos, pensão aos menores e renda por invalidez. Cada uma das coberturas tem características que podem mudar de acordo com as instituições e devem ser cuidadosamente estudadas na contratação do plano de aposentadoria.