O prejuízo operacional das operadoras de planos de saúde caiu de R$ 10,6 bilhões para R$ 5,9 bilhões em 2023, um resultado positivo em relação ao ano de 2022. O lucro líquido, que considera a receita financeira, totalizou R$ 1,9 bilhão ante um prejuízo de R$ 529,8 milhões no ano anterior. A receita das operadoras de convênio médico subiu 17,7% para R$ 311,4 bilhões. As informações são do Valor Econômico.
De acordo com o diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Jorge Aquino, a recuperação está acontecendo e os resultados são melhores do que as projeções. Apesar disso, segundo informações do Valor, o dirigente pontuou que “houve ajustes contábeis significativos em operadoras maiores que tiveram impacto nos resultados gerais”.
A sinistralidade ficou 87%, o equivalente a 2,2 pontos percentuais abaixo do apurado no ano anterior. Para a ANS, esse resultado, embora ainda superior ao observado nos anos pré-pandemia e fortemente impulsionado por algumas das maiores operadoras do país, é o melhor dos últimos três anos”.
Confira mais resultados
- Prejuízo operacional, considerando todo o mercado de saúde: R$ 4,5 bilhões em 2023 contra R$ 9,3 bilhões em 2022;
- Lucro líquido do setor: R$ 3 bilhões;
- Faturamento do setor: R$ 319,1 bilhões (17,6%);
- Número de usuários: 50,8 milhões de usuários;
- Lucro das administradoras de benefícios de planos de saúde por adesão: R$ 406,4 milhões;
- Lucro das operadoras exclusivamente odontológicas: R$ 652,8 milhões.
Desempenho das operadoras em 2023
Ainda de acordo com informações do Valor, a Bradesco Saúde teve um prejuízo operacional de R$ 1,4 bilhão e um lucro líquido de R$ 841,2 milhões. A SulAmérica registrou um resultado operacional negativo de R$ 453,6 milhões e um lucro líquido de R$ 786,5 milhões.
O prejuízo operacional da Amil ficou em R$ 2,8 bilhões; e o líquido, em R$ 4 bilhões. A Unimed Nacional apresentou prejuízo operacional negativo de R$ 773,9 milhões e líquido de R$ 581,4 milhões. Os prejuízos operacional e líquido da Unimed-Rio chegaram a R$ 1 bilhão.
Por fim, a NotreDame Intermédica registrou um resultado operacional de R$ 719,4 milhões, enquanto o líquido ficou em R$ 437,8 milhões em decorrência do registro patrimonial negativo de R$ 108 milhões.
