Notícias | 27 de setembro de 2024 | Fonte: CQCS l Fernando Oliveira

Omint alerta para o impacto do estresse no trabalho no Dia Mundial de Combate ao Estresse

No Dia Mundial de Combate ao Estresse, celebrado em 23 de setembro, a atenção recai sobre um problema de saúde crescente: o estresse no ambiente de trabalho. O Brasil, um dos países com os mais altos índices de estresse no mundo, apresenta uma preocupante estatística: 70% da população sofre com sintomas relacionados ao estresse. As principais causas identificadas pela Associação Internacional do Controle do Estresse (ISMA-BR) são o trabalho (52%), seguido por problemas financeiros (51%) e relacionamentos interpessoais (42%).

O impacto econômico desse fenômeno também é expressivo. A ISMA-BR calcula que o estresse no ambiente de trabalho custa ao Brasil cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) anual, o que representa mais de 80 bilhões de dólares. Esses custos decorrem de despesas com a saúde dos funcionários, aumento das contribuições previdenciárias, processos trabalhistas, elevação no número de dias de trabalho perdidos e alta rotatividade voluntária de funcionários.

De acordo com a Dra. Denise Pará Diniz (PhD), psicóloga comportamental credenciada pela Omint, “o estresse pode ser tanto uma resposta natural e adaptativa quanto um risco à saúde, dependendo da intensidade e da duração”. Quando não gerenciado adequadamente, o estresse pode evoluir para a Síndrome de Burnout, um esgotamento profissional que atinge 32% dos brasileiros e pode envolver problemas de saúde física, mental e social mais graves. 

Entenda o Burnout

Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um fenômeno ocupacional, a Síndrome de Burnout é uma das formas mais severas de desgaste relacionado ao ambiente de trabalho. Ela ocorre quando o estresse laboral não é gerido de maneira eficaz, levando a um estado de exaustão emocional, diminuição da produtividade e um aumento nas taxas de absenteísmo e presenteísmo.

“Burnout é o estágio final do esgotamento, caracterizado por sentimentos de cansaço físico e mental excessivo, quando a pessoa já não consegue mais lidar com as demandas do trabalho e apresenta sintomas que afetam sua produtividade, relacionamentos interpessoais e saúde mental” A Dra. Denise enfatiza a importância de prestar atenção à Síndrome de Burnout, pois suas consequências podem ser bastante sérias. Essa condição não apenas afeta a saúde mental, mas também pode desencadear problemas físicos, como depressão, ansiedade e doenças cardiovasculares. 

O autoconhecimento e a auto-observação desempenham um papel crucial na identificação de sinais de alerta nas fases iniciais do estresse. Reconhecer os limites pessoais, tanto físicos quanto emocionais, é fundamental para evitar sobrecargas e identificar fatores que podem gerar ansiedade. É essencial estar atento a sintomas como fadiga, irritabilidade, insônia e dores no corpo, que podem ser indicadores de que algo não está bem.

Além disso, a prática regular de atividades físicas, o uso de técnicas de relaxamento e a busca de apoio psicológico são fundamentais para uma gestão eficaz do estresse. “O estresse é uma parte inevitável da vida moderna, mas aprender a manejá-lo de forma eficaz é vital para preservar nossa saúde mental e bem-estar”, ressalta a psicóloga.

No ambiente profissional 

O desenvolvimento e a gestão estratégica da saúde mental e da qualidade de vida nas empresas são essenciais para prevenir o burnout e construir uma cultura organizacional mais saudável. Afinal, as empresas também enfrentam consequências quando um funcionário passa por essa situação, incluindo absenteísmo, queda na produtividade, aumento de acidentes, falta de motivação e rupturas nos relacionamentos, além de um elevado impacto econômico.

Investir em ações de conscientização, workshops e treinamentos de liderança pode aumentar a produtividade, o engajamento e o comprometimento dos colaboradores. “O corpo humano funciona de forma integral e integrada. Por isso, os programas de prevenção ao burnout devem ser como um quebra-cabeça, encaixando as peças da saúde física, mental e social”, destaca a especialista em gerenciamento de estresse e qualidade de vida.

– Minimize fatores como barulho, aglomeração e iluminação inadequada, que podem contribuir para o estresse. 
– Promover clareza nas tarefas e nas expectativas, reduzindo a incerteza que pode gerar estresse. 
– Torne as tarefas interessantes e recompensadoras, oferecendo desafios adequados e reconhecimento pelo bom desempenho. 
– Crie espaços para interações sociais e recreativas entre os colaboradores, incentivando o apoio mútuo. 
– Capacite os líderes para identificar sinais de estresse nos colaboradores, como absenteísmo, apatia, raiva e negligência, e intervenha antes que o estresse se torne um problema maior. 

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