Notícias | 17 de maio de 2007 | Fonte: Fonte Estado de Minas Belo Horizonte p. 1, 3, 4, e

Olhos do espaço

As histórias já se tornaram por demais conhecidas e se repetem por terras brasileiras, todos os dias. Um caminhão de carga é assaltado numa das centenas de rodovias do país. São levadas as mercadorias e, muitas vezes o próprio veículo, que acaba sendo negociado além das nossas fronteiras com quadrilhas internacionais de receptadores. Não raramente, é levada também a vida do motorista.

Ou então um assaltante de plantão rouba, pelas ruas das cidades, um carro de passeio. A intenção pode ser usar o veículo para ações criminosas e abandoná-lo depois, longe de onde foi roubado, vendê-lo a receptadores ou entregar a oficinas de desmanche para venda separada de peças. Pior ainda é quando o marginal leva o motorista, em seqüestros relâmpagos em que a violência, física e psicológica, é arma mais eficaz dos bandidos.

Seja qual for o tipo de história, o que fica de concreto no fim de uma ação criminosa do gênero são sempre prejuízos materiais e, muito pior, perdas de vidas ou traumas que muitas vezes acompanham famílias pela vida toda. Os marginais parecem não ter limites para suas ações que, no entanto, vêm sendo combatidas com a ajuda de um importante aliado da vida moderna: a tecnologia.

Sistemas de rastreamento permitem monitorar um veículo em qualquer lugar do Brasil e, dependendo da empresa prestadora do serviço, até em outros países. Os serviços usam geralmente os sistemas de localização via satélite GPS (Global Positioning Systems) e fornecem as informações, em tempo real, diretamente para sua base de dados, por uma plataforma de comunicação GSM/GPRS (General Packet Radio Service). A operadora de telefonia móvel TIM, por trabalhar com redes GSM/GPRS e estar presente em todos os estados, é hoje uma das principais parceiras das empresas de equipamentos e serviços de rastreamento do país.

A importância de se contar com um sistema do tipo instalado em veículos é tanta que as montadoras, já há algum tempo, dedicam parte de suas preocupações ao assunto. Desde março, a Volkswagen instala equipamentos de monitoramento da empresa mineira Crown Eletrônica, como item de série em todos os veículos zero quilômetro produzidos no Brasil e na Argentina.

A GM, por sua vez, tem o sistema ChevyStar, que rastreia o veículo por uma freqüência exclusiva de rádio. Mas o serviço é oferecido, por enquanto, apenas para as linhas S10 e Blazer. A Fiat ainda não instala sistemas de rastreamento como ítem de série, mas afirma que a adoção do serviço é constantemente tema de estudos da área de produtos. Já a Ford informa que teve, até pouco tempo, alguns modelos Ranger que saíam de fábrica com rastreadores – atualmente, o equipamento não é mais oferecido. No entanto, a montadora estuda alternativas de rastreadores existentes no mercado, que deverão ser oferecidos como acessório e não como item de série.

Rastreamento monitorado

Além de possibilitar encontrar o carro roubado, sistema oferece vários serviços úteis ao proprietário

O sistema de rastreamento, adotado pela Volkswagen este ano como item de série de todos os veículos zero é oferecido pela empresa mineira Crown Telecom, numa parceria que começou em 2005 com a instalação do equipamento no modelo Golf. Em 2004, o modelo era o mais roubado no país – hoje não figura mais nem na lista dos 12 carros preferidos dos ladrões. Depois, o serviço foi levado para os modelos Parati, Saveiro e Gol. Além da VW, as montadoras BMW, Audi e Mitsubishi também já usam o sistema, que é homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações ( Anatel) e tem certificado do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil).

O diretor de Operações da Crown Telecom, Aluísio Mol de Freitas, afirma que a empresa é pioneira no Brasil em sistemas de telemetria em tempo real para veículos de passeio e investiu mais de US$ 2 milhões, em dois anos de pesquisas, em conjunto com a canadense WebTech Wireless. “O trabalho resultou há três anos num sistema de monitoramento em tempo real, o 24 Horas, que possibilita a recuperação de veículos furtados ou roubados. O sistema propicia a captação do posicionamento do veículo por meio da tecnologia de localização via satélite GPS (Global Positioning Systems) e transfere os dados para a base da Crown Telecom, por rede da telefonia móvel GSM/GPRS/Edge da TIM. Além de localizar o carro, dados como quilometragem e panes mecânicas são monitorados e transmitidos para a base da companhia, ininterruptamente, e repassados aos clientes”, informa.

O diretor de Operações ratifica que a Crown não faz apenas rastreamento, pois, além do suporte à segurança do veículo, trabalha com telemetria, gerenciando informações sobre performance, histórico de velocidade, trajeto, mecânica e até agendamento de revisões. “É a mesma tecnologia usada hoje pela Fórmula 1. Todas as soluções são desenvolvidas com parceria tecnológica da WebTech Wireless. As plataformas de mapeamento são a Microsoft MapPoint, que tem padrão mundial de mapeamento, e a Google Maps. Os módulos de comunicação são da Motorola e o serviço de telefonia móvel da TIM”, explica.

COMO FUNCIONA O 24 Horas consegue o posicionamento do veículo por meio da tecnologia de localização via satélite GPS. O equipamento instalado no veículo é capaz de captar 12 canais de satélite ao mesmo tempo e calcular novos posicionamentos a cada 100 milésimos de segundo, com precisão de até três metros.

A transmissão de dados para o servidor Crown Telecom é feita pela rede de telefonia móvel da GSM/GPRS/Edge da TIM, que utiliza o módulo G24 da Motorola. O equipamento é quadriband, opera nas freqüências 850 /1900MHz ou 900/1800MHz, podendo ser adotado também em países com freqüências distintas das brasileiras.

O dispositivo tem capacidade de memória interna de até 20 mil registros de posicionamentos. Quando o veículo entra em alguma área não coberta pela rede de telefonia, o sistema tem condições de armazenar os posicionamentos ocorridos naquele trecho e, ao retornar à área de cobertura, descarregar todos os registros. Isso mantém a base de dados no servidor sempre munida das informações de telemetria. “Nosso servidor é da Datasul e está hospedado no maior centro de processamento de dados da América Latina, o Data Center IBM, em Hortolândia (SP)”, diz Aluísio Mol.

INSTALAÇÃO E PREÇOS Quem compra um veículo Volkswagen, já com o rastreador instalado, precisa apenas ativar o sistema junto à Crown, pagando uma anuidade no valor de R$ 800 (a empresa oferece planos de ativação de dois e três anos com descontos na anuidade).

O equipamento pode, no entanto, ser também instalado em outros veículos (novos ou usados). No caso de carros Volkswagen, o cliente deve procurar uma concessionária, onde obterá a instalação do equipamento, pagando depois uma anuidade de R$ 900. Para veículos de outra marca, o caminho é contactar a empresa para saber onde é possível instalar o aparelho, pagando a mesma anuidade. Em qualquer dos casos, o sistema é implantado em regime de comodato.

LEI ANTIFURTO O presidente da Crown, José Antônio Pereira Júnior, informa que as montadoras precisarão atender as exigências da Lei Complementar 121, segundo a qual dentro de dois anos todos os veículos pequenos e de carga fabricados no Brasil terão de ser equipados com dispositivos anti-furto. A regulamentação da lei está prevista para acontecer este mês ainda , quando o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) vai determinar os tipos de equipamentos antifurto que serão obrigatórios na montagem dos veículos.

Segundo ele, o sistema de monitoramento e localização da Crown está entre os mais recomendados pelas montadoras para ser considerado pela regulamentação. “Nossa parceria com a Volkswagen e os resultados na prevenção e diminuição do índice de furtos são base para essas recomendações. O Golf, o primeiro veículo equipado com o sistema, teve índice de 100% de recuperação nos casos de furto, o que fez o valor do seguro baixar 40% entre 2003 e 2005”, afirma.

Ele explica que foi instituído, pelo Ministério das Cidades, um grupo de trabalho para elaborar estudos para a implantação do dispositivo antifurto em veículos novos, saídos de fábrica. Esse grupo é que definirá e encaminhará para o Contran as especificações técnicas para a regulamentação da Lei Complementar 121, que criou o Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e ao Roubo de Veículos e Cargas. O grupo de trabalho é composto por representantes do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e Associação Brasileira de Empresas Importadoras de Veículos Automotivos (Abeiva).

A Lei Complementar 121 visa aumentar a segurança de veículos pequenos e de carga e contribuir para implantar uma política nacional de combate ao furto e roubo de veículos e de cargas. Os dados dos veículos seriam monitorados em um único banco de dados, que controlaria a situação da frota nacional nos estados e no Distrito Federal. “A lei vai contribuir para o desenvolvimento de ações conjuntas de segurança, envolvendo a iniciativa privada e órgãos de segurança pública e de justiça”, completa Pereira Júnior.

www.crowntelecom.com.b

Benefícios

Os sistemas de rastreamento e monitoramento de veículos, independentemente da prestadora do serviço, oferecem vários benefícios ao usuário. O principal deles, claro, é a maior possibilidade de recuperação do veícul, em caso de roubo. Vale ressaltar ainda que um carro equipado com o sistema é menos visado pelos assaltantes. Outras vantagens, entretanto, também motivam a adoção do sistema:

Redução de 25% a 40% no valor das apólices de seguro

Cobertura nacional dos serviços de assistência emergencial, que inclui, entre outros, socorro elétrico/ mecânico, reboque, chaveiro e despachante

Manutenção da garantia de fábrica

Equipamento oculto no veículo

Assistência técnica nacional

Geração de relatórios de histórico de percurso para seguradoras e frotistas (verificação e auditoria de quilometragem percorrida, tempo de trajeto, velocidade máxima, localização do veículo em tempo real)

Aumento do valor de venda do veículo

Telemetria no rastreamento de frotas

Sistema opera também em locais fechados, como depósitos, e em áreas sem cobertura GSM/GPRS

Outra empresa mineira que carrega longa experiência na área de rastreamento e monitoramento de veículos é a Plantão Segurança Eletrônica, já no mercado especializado de segurança eletrônica desde 1996. A própria empresa é quem faz o desenvolvimento e integração de hardware e software para as áreas de rastreamento de veículos e cargas, além de outras tecnologias ligadas à segurança. “Temos equipes de engenheiros e técnicos com especializações em softwares e hardwares, e uma estrutura de equipamentos e ferramentas de última geração. Por isso, estamos no mercado com soluções que atendem os mais variados tipos de clientes, em especial as empresas de transporte de cargas”, afirma Rogério Volponi, gerente de Negócios da Plantão.

Ele ressalta que as necessidades de segurança, logística e gerenciamento de risco no país crescem a cada dia, exigindo soluções integradas, eficientes e de custos competitivos. “A tecnologia de transmissão de dados da rede celular GSM denominada GPRS, associada à localização via satélite GPS e computadores de bordo com inteligência embarcada, permitiram o desenvolvimento de uma nova geração de sistemas de rastreamento de veículos. Baseado nisso é que a Plantão estruturou um novo sistema para rastreamento de cargas e veículos, orientado para logística e gerenciamento de risco, que chamamos de Autocargo”, diz.

Funcional Segundo Volponi, o Autocargo é o primeiro sistema de rastreamento em plataforma múltipla, orientado para aplicação em gerenciadoras de risco, transportadoras e frotistas, tudo integrado. Ele tem canais de comunicação GSM/GPRS e INMARSAT DPLUS; mensagens via GPRS, a custo zero, que se utilizam do terminal de dados TDI 100; localização via GPS, que indica posição geográfica, velocidade e direção de forma precisa; computador de bordo com inteligência embarcada; mapas digitais georeferenciados com mais de 1,5 mil municípios; servidores de internet dedicados, redundantes e com transmissão de dados (GPRS) criptografados; interface para gerenciadoras de risco.

O sistema inclui o software S.M.A.R.T. (Sistema Múltiplo de Automação em Rastreamento e Telemetria), que apresenta uma série de recursos funcionais, como controle automático de viagens (horários, paradas programadas, acompanhamento on-line, etc.), localização programável de veículos, busca automática por veículos não- localizados, cálculo de distância, velocidade e direção.

O sistema, de acordo com Volponi, tem ainda a vantagem de operar em áreas fechadas, como garagens, depósitos e armazéns (desde que tenha cobertura da rede celular digital GSM/GPRS) e zonas de “sombra”, ou seja, onde não existe cobertura de telefonia celular. Nesse caso, as informações são transferidas por memória e, assim que o veículo retorna sua conexão GPRS, o processo transfere todos os dados armazenados durante o percurso. “Por ter inteligência embarcada, o sistema, por meio de comandos automáticos programáveis, tem como controlar abertura da porta de cargas, rotas e percursos, confirmar chegada ao destino, acusar excesso de velocidade, trânsito em áreas não-autorizadas, níveis de segurança embarcada, como também travar portas de baú ou a quinta roda, bloquear combustível etc. Basta um comando da central de operações”, informa.

Experiência italiana

Para as empresas que trabalham com rastreamento e monitoramento de veículos, é fundamental contar com uma rede de transmissão de informações rápida, segura e que tenha cobertura no maior número possível de localidades. “Desde o início das nossas atividades, a TIM investe na ampliação e capacitação de sua rede para transmitir dados com agilidade e confiança. Também por estar presente em todos os estados brasileiros, naturalmente se tornou nossa parceira”, diz o presidente da Crown Telecom, José Antônio Pereira Júnior. “A operadora atende plenamente nossas necessidades”, afirma o diretor de Negócios da Pantão Eletrônica, Rogério Volponi. “Também adotamos o plano corporativo da TIM, que nos oferece bons resultados”, completa Chocholous, sócio-gerente da Sitrack.

Para o diretor da operadora em Minas Gerais, Luiz Gonzaga Leal, a aplicação da tecnologia TIM GSM/GPRS em produtos de rastreamento e monitoramento exemplifica bem as possibilidades que as soluções de tecnologia móvel podem oferecer ao mercado corporativo e ao consumidor final. “Nossa rede General Pocket Radio Service (GPRS) é confiável, pois tem tecnologias já aprovadas e consolidadas na Itália”, afirma. Segundo ele, os satélites fazem a localização do veículo, apresentando dados de latitude e longitude. As informações seguem, então, pela rede GPRS para um servidor que tem mapas específicos. De cinco em cinco segundos esses dados são enviados para o servidor, que, devidamente acionado, tem condições de oferecer todo o trabalho de logística necessário”, informa.

Ele lembra que os sistemas contam com softwares especiais que fazem soar um bip na central de monitoramento caso ocorra algo não-programado. Um caminhoneiro não pode, por exemplo, dar carona, pois se a porta ao lado é aberta pode ser indício de um assalto e o sistema é acionado, com as informações sendo levadas ao servidor pela rede da TIM. “O motorista não tem nenhum tipo de tela que possa instalar no seu veículo e acompanhar uma rota que precisa seguir. O sistema, no entanto, pode oferecer esse serviço. Hoje, a TIM trabalha com um equipamento da HP, o HP6945, que é um Pocket PC e telefone celular, que conta com recursos de localização GPS. Com ele, além de ser rastreado, o condutor consegue, comprando softwares de mapas existentes no mercado, se localizar e seguir uma rota segura”, completa. O equipamento custa, nos sites de compra, em torno de R$ 2,6 mil, mas pode ser encontrado a preços menores se adquirido junto a planos de contas de operadoras de telefonia móvel.

Vigia oculto

“Nós usamos sistema de rastreamento em nosso caminhão delivery, que faz entregas em toda a cidade e região metropolitana. O processo traz bastante tranqüilidade e segurança, além de nos assegurar maior produtividade. Com ele, sabemos em tempo real onde o veículo se encontra, se o motorista está cumprindo o combinado, se está na rota certa etc. Hoje, já não nos preocupamos tanto se o veículo precisa parar em um local mais ermo e aparentemente perigoso, pois caso seja roubado as chances de recuperação são bem grandes. O sistema permite, também, orientar o motorista, agilizando o serviço. Recentemente, o caminhão seguiria um caminho que incluía o Anel Rodoviário. No entanto, ficamos sabendo de um acidente na via, que estava causando um enorme congestionamento. Entramos, então, em contato com o motorista que conseguiu evitar o desconforto e o atraso que aquela rota lhe causaria. Outra vantagem de contar com um sistema de rastreamento é poder vigiar o motorista, que se vê obrigado a cumprir suas funções de acordo com o que foi acertado antes de o caminhão deixar a base.”

Resultados comprovados

Segundo pesquisa realizada com transportadoras rodoviárias de carga, o uso de sistemas de rastreamento, além de oferecer maior segurança e possibilidade de recuperação de veículos roubados em torno dos 100%, apresenta, em média, os seguintes resultados:

Aumento de 6,2% No número de quilômetros carregados

Redução de até 66% das despesas com telefone

Redução de 66% no uso de despachantes

Aumento de 20% na produtividade

Queda de 39% no número de acidentes

Redução de 100% nos desvios de rota

Economia de 15% no consumo de combustível

Redução de 82% nas trocas de motoristas

Fim das paradas não programadas

Constelação de satélites

Rogério Volponi destaca que o rastreador GPRS usado no Autocargo integra, entre outros recursos, computador de bordo com inteligência embarcada e memória capaz de armazenar até 20 mil posições; modem GSM-GPRS dual band integrado ou tri-band (opcional); antena e receptor GPS digital de 12 canais; sensor de temperatura interna e voltagem; odômetro e horímetro incorporados; além de acessórios específicos para transporte de carga.

“Por isso, é indicado para veículos de carga que necessitam de segurança e controle, uma vez que garante cobertura urbana, estadual e nacional, com proteção 24 horas por dia em áreas atendidas pela rede digital GSM/GPRS, ou em toda a América Latina, com a integração do terminal de satélite de alta órbita INMARSAT DPLUS”, diz o diretor da Plantão. Ele ressalta que a nova tecnologia usa o sistema de localização GPS, composto por 24 satélites na órbita terrestre, desenvolvidos pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos para aplicações militares, navegação aérea, marítima e terrestre. A constelação de satélites INMARSAT está há vários anos certificada internacionalmente como a mais confiável opção, via satélite, para comunicação e navegação.

Volponi explica que o controle dos canais de comunicação é feito por meio de uma unidade independente, com chaveamento automático. Os módulos GPRS e INMARSAT DPLUS operam integrados porém, em caso de pane em um dos canais (módulos), a interface híbrida do sistema transfere os dados de comunicação e controle para a unidade remanescente. Em casos de falha na interface, os canais passam a operar de maneira independente, assegurando a continuidade do rastreamento, graças à arquitetura batizada de Redundância Plena (no stop).

Fixo e portátil Além do sistema fixo de rastreamento, a Plantão desenvolveu também um equipamento portátil, para carreteiros ou empresas que não têm intenção de instalá-lo definitivamente. O aparelho é fixado no pára-brisa do caminhão, tem as mesmas funções do fixo e pode ser retirado no retorno da viagem e devolvido à operadora, pagando-se um preço pela locação.

Em um ou outro processo, em situações de risco como sequestros e roubos, o motorista deve acionar um dos botões de pânico estrategicamente instalados no veículo, que disparam inclusive os microfones embutidos na cabine, para que os operadores da empresa possam tomar as devidas providências. Caso o motorista não consiga acionar um dos botões, a central de monitoramento capta qualquer irregularidade, como mudança de rota ou parada não-programada, interpreta isso como algo anormal e pede providências. “Depois de acionada, a central de monitoramento e feita uma avaliação, caso seja necessário fazemos contato com as polícias Militar, Civil ou Federal para a recuperação do veículo”, informa Volponi. Este ano, segundo disse, cinco caminhões que portavam o sistema foram roubados, três em Santos e dois em Osasco. “Felizmente, recuperamos todos”, comemora.

O preço de instalação do sistema é de R$ 250/mês/veículo e inclui instalação e locação do equipamento, manutenção e monitoramento. Para compra do equipamento, o preço varia de R$ 1,6 mil a R$ 1,8 mil e a mensalidade, para manutenção e monitoramento 24 horas, custa de R$ 90 a R$ 130, de acordo com o pacote contratado.

www.plantaoeletronica.com.br

Pelas terras do mercosul

Também com serviços dirigidos a rastreamento de frotas de veículos e com forte presença em Minas – tem sede em Belo Horizonte e representações em outras sete cidades –, a Sitrack trabalha igualmente com equipamentos GPRS, para monitoramento urbano e híbridos (GPRS e satélites) e rastreamento de longa distância, especialmente no Norte do país, onde são mais comuns áreas sem cobertura de telefonia móvel.

“A empresa desenvolve 100% de sua tecnologia em equipamento de rastreamento e programas para o monitoramento e atua no Brasil, Argentina, Uruguai e Chile. Tem, portanto, condições de cobrir toda a América do Sul”, diz o sócio-gerente Carlos José Chocholous. “Além de maior segurança, podemos também fazer controles de tempo, distância e consumo de combustível por meio de telemetria, dando ao frotista condições de verificar e diminuir os custos operacionais”, conta.

Segundo ele, existem hoje no Brasil cerca de 80 empresas do gênero, cadastradas no Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi-Brasil), entidade que capacita empresas e é referência para o mercado segurador. Delas, apenas 15 operam com sistema completo para caminhões. Existem hoje no mercado quatro tipos de sistemas: bloqueador, localizador (bloqueio e localização), rastreador (que inclui bloqueio, localização e rastreamento) e o sistema para caminhões (que engloba todos os anteriores e ainda faz o monitoramento) “Nós somos uma dessas, em condições de oferecer um serviço completo para frotistas”, explica.

INTERNET Chocholous esclarece que todo o trabalho é feito e acompanhado pela internet, sem limitação de local e quantidade de usuários ou veículos, bastando acessar as informações no site do serviço. Todos os usuários têm a mesma informação simultaneamente, pois ele é um residente nos servidores Sitrack e não em computadores individuais. “Tanto as informações da situação atual dos veículos quanto as relacionadas a percursos programados podem ser acessadas rapidamente, no formato mais apropriado, por mapas, tabelas ou gráficos”, informa.

O processo, segundo ele, oferece um completo sistema de controles, capaz, por exemplo, de informar sobre excessos de velocidade, indicando horas e locais em que ocorreram; emergências, informando os alarmes emitidos pelos veículos, em mapas e tabelas, também com locais, horários e datas; e gera informações sobre início e fim de cada parada dos veículos da frota monitorada.

“Somos uma provedora de serviços com atuação em todo o Mercosul. Não vendemos equipamentos, mas instalamos pelo processo de comodato. O custo do serviço varia de R$ 99 a R$ 400 mensais por veículo, dependendo das ferramentas contratadas”, conclui Carlos Chocholous.

www.sitrack.com

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