Notícias | 11 de abril de 2024 | Fonte: CQCS l Bárbara Maria

Novas Diretrizes do setor para a agenda de sustentabilidade e consumo no Brasil é apresentada pela CNseg durante 1ª Cúpula de Seguros

Durante o seu discurso na 1ª Cúpula Global de Seguros Sustentáveis, na Califórnia, Dyogo Oliveira, o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras disse que a transição climática tem diferentes implicações a nível nacional, regional e global e que não há respostas simples para isso. “O setor segurador está desempenhando um papel importante neste processo. Estamos construindo produtos e serviços para melhor gerenciar os riscos crescentes que estamos enfrentando devido às mudanças climáticas”, disse. 

A uma plateia de executivos do mercado segurador, reguladores, governos, acadêmicos e consultorias do mundo todo, Dyogo apresentou o Roadmap de Sustentabilidade em Seguros da CNseg. Durante o painel “Ampliando a Sustentabilidade em Seguros”, ele explicou que o Roadmap vai orientar as ações da Confederação para fomentar práticas mais sustentáveis e a sinergia entre as agendas de sustentabilidade e relações de consumo na construção de produtos adaptados à necessidade do consumidor.

Dyogo enfatizou que o Roadmap brasileiro possui ainda três eixos principais que vão refletir as necessidades e desafios específicos de Seguros Gerais, Previdência Privada, Vida, Saúde Suplementar e Capitalização com ênfase particular nos temas ambientais, sociais e de governança. Os três eixos são a) promoção de uma transição justa para economia sustentável e de baixo carbono; b) o estímulo à resiliência da sociedade frente às mudanças climáticas; e c) e a promoção da inclusão e combate à desigualdade.

“Em cada um dos eixos escolhemos as iniciativas que vão promover a sinergia entre as agendas de sustentabilidade, biodiversidade e relações de consumo”, disse. “O mercado apoia a construção de uma taxonomia sustentável em seguros para classificar produtos de seguros, serviços e assistências oferecidas ao consumidor”, disse Dyogo.

O documento foi construído pela equipe técnica da Confederação levando em consideração quatro referências fundamentais: 1) princípios para sustentabilidade em seguros (PSI); 2) os aspectos ASG mais relevantes para o nosso mercado; 3) o nosso arcabouço regulatório temático; e 4) os onze objetivos ambientais, climáticos e sociais que serão abordados pela taxonomia sustentável brasileira.

No caso de Seguros Gerais, as alterações climáticas podem impactar os sinistros pelo aumento de desastres naturais e mudanças nos padrões climáticos e pluviométricos de determinadas regiões. Por isso, as seguradoras precisam considerar essas questões na gestão e subscrição de riscos para criar novos produtos ao consumidor e empresas apoiando e protegendo os negócios. 

Em relação à Vida e Previdência, deve-se levar em conta questões sociais e demográficas. Se, por um lado, o aumento da longevidade da população impõe desafios à gestão de produtos de previdência complementar, a ascensão das camadas mais baixas da população trazem oportunidades relevantes para o setor. Na mesma linha, os produtos de Capitalização promovem a inclusão financeira, especialmente corroborando para a acumulação de recursos a longo prazo com objetivo de gerar receitas e acumular patrimônio. 

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