A CNseg, Confederação Nacional das Seguradoras, realizou nesta terça-feira (26) uma coletiva de imprensa em São Paulo para apresentar a nova presidência da instituição para o triênio de 2022 a 2025. Na ocasião, foi anunciado Roberto Santos como Presidente do Conselho Diretor da CNseg e Dyogo Oliveira, como o Diretor-Presidente da Confederação Nacional das Seguradoras.
O atual Presidente da CNseg Marcio Coriolano comentou durante o evento, que evoluiu nos seis anos em que comandou a Confederação. “A diversificação de produtos é um exemplo. Hoje existem muitos ramos, como o risco cibernético, responsabilidade civil e o seguro rural, que é um produto mais diferenciado do que antes. Também intensificamos a relação com os órgãos de defesa do consumidor, esse foi um ganho do setor e do público em geral”. Ele também destacou o trabalho de fortalecimento da governança e profissionalização da CNseg, equiparados a padrões empresariais.
Questionado sobre a principal meta da gestão e qual a preocupação sobre o setor nesse momento, Dyogo Oliveira contou que é necessário uma contribuição cada vez maior do setor para a nossa sociedade. “A medida que avançamos no setor cria novos produtos que atendem um público cada vez maior e nós daremos uma contribuição maior e se reflete ao PIB, nosso objetivo é ter essa contribuição para o desenvolvimento do país”.
“Precisamos ter uma participação cada vez maior do setor na inovação tecnologia, hoje já temos empresas eficientes que já adotaram os melhores padrões de tecnologia, mas a nossa indústria ainda está em processo da transformação da relação entre a seguradora e o segurado, ela ainda não está plenamente digital por questões próprias da natureza desses produtos. Já que são produtos em que a duração da apólice é longa, como os produtos de previdência, esse é o grande desafio, quais são as tecnologias que surgirão para ser inventadas na indústria”, disse Roberto.
Já sobre como o novo Diretor-Presidente da Confederação Nacional das Seguradoras, irá utilizar a experiência de carreira para agregar no relacionamento das três esferas: legislativo, judiciário e executivo, Dyogo relatou que tem uma trajetória de governo. “Nós conhecemos a maneira de como as decisões são tomadas, quais são os elementos que afetam o processo. É um artigo para ter mais contato e levar uma mensagem de como podemos ajudar a resolver várias questões do Brasil, o seguro pode ser excelente para resolver várias delas”.
Durante o evento também foi levantado a questão do mercado está passando por um momento difícil em relação a aceitação de risco de determinados segmentos. “Toda avaliação de risco pode levar à aceitação ou a não aceitação, o que está acontecendo em alguns ramos houve um aumento de sinistralidades em algumas áreas, temos algumas resseguradoras e começa a reduzir capacidade e aumentar o preço, é um processo dinâmico do mercado e será normalizado com o tempo”, afirmou Dyogo.
Já Roberto Santos contou que é uma questão nova, não como problema de atividade, mas sim da condição técnica de proteção de risco. “Óbvio que você tem uma determinada atividade cujo a carga que geralmente envolve normalmente risco de fogo, então você tem uma atividade com uma carga de fogo maior e não existe uma condição de proteção do risco e essa dupla condição leva uma dificuldade de colocar determinados riscos. Esse assunto está pautado na comissão na Fenseg para ser avaliada, mas se o risco está bem protegido e bem precificado em como se colocar, o corretor pode ficar tranquilo”.
Perguntado sobre o balanço do saldo durante essas mudanças e novidades que se pode esperar, Roberto Santos relatou que pretende alcançar uma maior participação do PIB e chamou atenção ao merecido reconhecimento para a atividade do corretor de seguros. “Abrindo novas frentes para o seguro, alguns movimentos recentes da Susep dão mais flexibilidade na construção de novos produtos, o que é muito importante”.
