A fusão entre Unibanco e Itaú vai facilitar a aquisição da parte da seguradora americana AIG, que tem 50% da empresa de seguros do Unibanco. Em setembro, com a crise financeira, a AIG quase quebrou e foi estatizada , com o governo americano injetando US$ 85 bilhões na companhia. Para Álvaro Musa, sócio de Partner Conhecimento, a fusão Itaú-Unibanco dá mais cacife aos brasileiros para negociar com FED (banco central americano) a compra da parte da AIG, mostra reportagem do Globo. Pelo contrato entre as empresas, havia preferência de compra de ambas as partes. O próprio Unibanco chegou a comentar que estava tentando comprar a parte da seguradora americana. Na semana passada, o banco retirou de sua logomarca o nome da AIG.
Os analistas indicam que ão houve exposição do UnibancoAIG seguradora em papéis no exterior, os chamados “títulos exóticos”. Segundo analistas, não havia qualquer sinal no balanço sobre prejuízos da seguradora com a AIG. E os fundos de previdência, ramo que o Unibanco já tem tradição, são protegidos, pois o patrimônio do fundo é separado do banco.
Com a fusão, o novo banco praticamente se iguala ao Bradesco no ramo de seguros, líder do mercado global incluindo previdência. Segundo cálculos, o Bradesco domina 20% do mercado e ficará empatado com o Itaú/Unibanco, com 19,78% dos prêmios.