Notícias | 19 de fevereiro de 2010 | Fonte: Stefanini

Mudar e adaptar-se: uma questão de sobrevivência

O segmento de seguros tem se mostrado cada vez mais competitivo. As seguradoras são freqüentemente afetadas pela volatilidade e humor dos diversos segmentos de mercado e as condições econômicas, sociais e regulatórias forçam-nas constantemente a minimizar a exposição aos riscos além, daqueles, que são naturalmente assumidos em razão do seu corebusiness .
A luz destes movimentos de mercado encontramos empresas que, por razões diversas, não se adaptam, em tempo, as novas exigências. Assim podemos apontá-las e classificá-las em 3 grandes grupos, são elas:
as que avaliam previamente, antecipam este cenário e se movem em sentido da adaptação;
as que enxergaram, porém se mostram resistentes e ignoram os impactos que podem ocorrer com o estado “letárgico” que assumem; e
por último, as que ainda nem perceberam tais mudanças e ainda fazem tudo como antes.

Objetivamente, observa-se 6 tendências que poderão nortear a agenda das principais seguradoras no Brasil:

1- Inovação no modelo de interação com os canais de vendas (segmentação) e segurados. Um modelo mais produtivo deverá ser desenhado para coexistirem os diversos canais de vendas, de forma que não haja um “canibalismo” e a perda da função consultiva dos corretores;
2- Concentração do mercado. O mercado tenderá a concentração, através de Fusões/Aquisições. Seguradoras sem canais de distribuição massificada movimentam-se neste sentido, para ganho de escala e mercado. A saturação já é uma realidade e uma logística adequada com canais de distribuição massivos, ágeis de baixo custo reduzido é sem duvida o caminho.
3- Simplificação operacional. O custo administrativo e operacional precisa ser reduzido já e monitorado constantemente. Com a diminuição da taxa Selic, muitas seguradoras se viram obrigadas a ter, de fato, o ganho proveniente da operação e não mais do mercado financeiro. Com isso, a chamada DA (Despesa Administrativa) deve ser reduzida a qualquer custo. A maior utilização da tecnologia deve melhorar a eficiência operacional através de ajustes e automação de processos. Isso traz diretamente qualidade, agilidade, menor custo ao cliente e maior rentabilidade as seguradoras;
4- Informações gerenciais. Acesso as informações para gestão de forma mais ágil e assertiva. As seguradoras deverão investir fortemente na melhora da qualidade de seus dados e ferramentas que apóiem suas analises (data analytics). Será um fator competitivo chave. Quem souber tratar as informações de forma mais detalhada e rica possível terá ganho (que tipo) sobre os concorrentes; 5- Microsseguros / Seguros ditos populares. Deverão crescer substancialmente, dado a possibilidade de inserção de uma parcela substancial da população no cenário econômico. É sem duvida uma fatia de mercado importante. As seguradoras que pretendem atuar neste nicho devem ter seus processos operacionais bem enxutos em razão das reduzidas margens;
6- Gestão de riscos. A gestão de risco deverá se fazer integrada ao negócio. O investimento em processos e ferramentas que viabilizem o gerenciamento contínuo dos riscos deverá ocorrer de forma substancial, tornando-se, também, um fator competitivo chave, uma vez que os riscos permeiam o tema “seguros” em toda sua dimensão.

Parece trivial, porém trata-se de uma mudança de cultura grande para a maioria das seguradoras brasileiras.
Mas, o tempo é o maior inimigo. Quem não se mostrar ágil e perceptivo a este movimento do mercado será duramente castigado. O mercado, na maioria das vezes, não perdoa…

Alexandre Salema
Gerente de Negócios da Stefanini e responsável prelo mercado financeiro do Rio de Janeiro


 

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